Com direito a evento sindical, missa na zona leste e anúncio sobre o plano de governo, os principais pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo disputam as atenções do eleitorado nesta quarta-feira, 1º de maio, Dia do Trabalho. A cidade também recebe, pelo segundo ano seguido, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com chances de a visita adquirir contornos eleitorais.
Apoiado pelo petista, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) estará em mais um evento ao seu lado em São Paulo. Ambos estão confirmados no ato do Dia do Trabalho convocado pelas centrais sindicais para as 10h, no estacionamento da Neo Química Arena, estádio do Corinthians, em Itaquera, na zona leste da cidade.
O evento será realizado de forma conjunta por Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e Intersindical e Pública. A expectativa, segundo os organizadores, é que o evento receba cerca de 50 mil pessoas.
Os discursos serão divididos em "três atos" intercalados com atrações musicais e que devem durar, ao todo, cerca de 2h30min. Na teoria, Boulos poderia discursar na primeira etapa, dedicada a representantes partidários. Lula fala por último, no terceiro ato, depois dos líderes sindicais.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e o governador do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), fazem parte da lista de autoridades convidadas, mas não devem comparecer ao ato. Em entrevista coletiva nesta terça-feira, 30, o prefeito alegou conflito com agendas marcadas anteriormente.
A assessoria de Nunes informou que ele irá a uma missa ao ar livre que abre a Festa do Trabalhador no distrito de Ermelino Matarazzo, na zona leste. Outro evento, na Praça do Trabalhador, em Jardim Myrna, na zona sul da cidade, está no radar. A localidade é reduto político do prefeito.
Empatado tecnicamente com Boulos nas pesquisas Datafolha e Atlas, o prefeito paulistano priorizou, ao longo da semana, o discurso voltado para a geração de emprego e renda. Na segunda-feira, 29, o político esteve presente na abertura de um "mutirão de emprego", com oferta de 4 mil vagas em empresas de comércio, serviços e construção civil intermediadas pelos Centros de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo.
Os convites das centrais sindicais a Nunes e Tarcísio, aliás, servem de combustível para as convocações de outros dois partidos de esquerda que planejam disputar as eleições de outubro. Altino Prazeres (PSTU) anunciou presença em evento da CSP-Conlutas em frente ao Teatro Municipal de São Paulo, às 13h. A UP também promete lançar um nome para a capital em evento em Diadema, no ABC paulista, neste 1º de Maio.
Já a deputada Tabata Amaral (PSB) marcou para 17h desta quarta-feira o anúncio da composição dos 35 grupos de trabalho para elaboração de seu plano de governo. O evento será no Teatro Corinthians, no Tatuapé, na zona leste, e terá a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), segundo adiantou a deputada em entrevista para a rádio Eldorado.
Há expectativa de que a deputada anuncie nomes ligados a gestões tucanas e próximos a Alckmin em reação a Nunes, que busca representar uma continuidade da gestão Bruno Covas e ainda tenta angariar o apoio do PSDB. A coordenadora-geral da equipe de Tabata será Vivian Satiro, especialista em gestão pública que coordenou o plano de governo de Covas em 2020 e fez parte de sua administração.
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