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Desembargador que diz ter 'vida de monge' ganhou R$ 78 mil por mês em penduricalhos

O desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça do Mato Grosso (TJ-MT), se queixou em entrevista a um podcast que a vida dos magistrados no Brasil é permeada por "agruras" financeiras. Segundo Perri, cujo salário-base de R$ 39 mil, "a vida de um mag

Weslley Galzo (via Agência Estado)

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Escrito por Weslley Galzo (via Agência Estado)
Publicado em 22.02.2025, 11:19:00 Editado em 22.02.2025, 11:25:58
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O desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça do Mato Grosso (TJ-MT), se queixou em entrevista a um podcast que a vida dos magistrados no Brasil é permeada por "agruras" financeiras. Segundo Perri, cujo salário-base de R$ 39 mil, "a vida de um magistrado é quase como a vida de um monge". Ele recebeu, em média, R$ 78 mil por mês no ano passado em indenizações, que são conhecidas como penduricalhos.

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O TJMT não especifica quais rubricas compõem a renda extra dos magistrados. A Corte informa apenas que podem ser indenizações ou gratificações eventuais. O montante recebido por Perri no ano passado, entre salários, indenizações e direitos eventuais ultrapassa R$ 1,4 milhão.

"Eu já passei agruras na magistratura financeiramente. Hoje estamos vivendo um período de bom salário", disse Perri ao podcast Agorapod. "Nós, magistrados, vivemos modestamente", prosseguiu em outro trecho.

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"Pouco tempo atrás, eu confesso a vocês, eu tive de sair do meu plano de saúde da Sul América e tive de migrar para a Unimed porque eu não estava conseguindo pagar um plano de saúde digno para mim e para a minha família. É assim a vida do magistrado", afirmou.

Em outro relato, o desembargador disse que no início de carreira como juiz ganhava menos do que um garçom. "O garçom disse, interferindo na nossa conversa em um restaurante, que ganhava mais do que eu, juiz", afirmou.

Perri ainda saiu em defesa do "vale-peru", um benefício de R$ 10 mil pago pelo TJMT aos juízes e servidores da casa. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou a restituição dos valores e na sexta-feira, 21, o corregedor nacional de Justiça, Mauro Campbell, deu 15 dias para que a instituição comprove que o montante foi devolvido.

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