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Debate agressivo deixa polarização nacional de lado

O primeiro debate dos candidatos a prefeito de São Paulo deu fortes indícios de que esta poderá ser a eleição com mais episódios de baixo nível e ataques pessoais da história da capital. Pablo Marçal (PRTB), influenciador goiano que resolveu se aventurar

Bianca Gomes (via Agência Estado)

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Escrito por Bianca Gomes (via Agência Estado)
Publicado em 10.08.2024, 07:13:00 Editado em 10.08.2024, 07:20:25
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O primeiro debate dos candidatos a prefeito de São Paulo deu fortes indícios de que esta poderá ser a eleição com mais episódios de baixo nível e ataques pessoais da história da capital. Pablo Marçal (PRTB), influenciador goiano que resolveu se aventurar na disputa pela Prefeitura paulistana, foi quem mais contribuiu para que esse cenário se desenhasse.

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Em meio a tanta agressividade, um fato acabou passando quase despercebido: a polarização entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que dominou boa parte da pré-campanha, foi praticamente esquecida durante o encontro organizado pela Band.

'Marionetes'

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O apresentador José Luiz Datena (PSDB) até tentou emplacar a ideia de que Guilherme Boulos (PSOL) e o atual prefeito e candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB) seriam "marionetes" de Lula e Bolsonaro, mas a provocação não teve impacto e o próprio Datena não insistiu na estratégia.

Boulos, que havia apostado na polarização durante a pré-campanha, mal falou sobre o aliado. Apenas em um momento declarou ter orgulho do apoio do presidente. Chamou o prefeito de "bolsonarista envergonhado" e Marçal de "bolsonarista rejeitado", em postura bem distante do que se viu nos últimos meses. Nunes, por sua vez, explorou as declarações controversas de Boulos sobre a Venezuela, porém passou longe de citar Lula ou o PT.

Do ponto de vista do eleitorado, essa postura dos candidatos pode ser considerada positiva, pois abre espaço para a discussão de propostas para a cidade.

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Questões locais

Há algumas explicações para a polarização ter ficado em segundo plano. A primeira é o fracasso de Datena em pautar o tema, uma vez que parte de sua estratégia eleitoral se apoia justamente nesse discurso.

A segunda é que, de acordo com integrantes das campanhas de Nunes e Boulos, pesquisas qualitativas indicam que os eleitores estão mais interessados em discutir questões locais do que assuntos nacionais.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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