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Cúpula do PT defende aliança com ex-adversários e pacto para 'unir o Brasil'

Em novo aceno ao ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido), a cúpula do PT vai divulgar uma carta intitulada "Resistência, Travessia e Esperança", na qual destaca que o partido quer construir pontes com "aqueles que já estiveram do outro lado". A sinali

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 29.01.2022, 12:15:00 Editado em 29.01.2022, 16:53:37
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Em novo aceno ao ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido), a cúpula do PT vai divulgar uma carta intitulada "Resistência, Travessia e Esperança", na qual destaca que o partido quer construir pontes com "aqueles que já estiveram do outro lado". A sinalização a antigos adversários aparece na esteira de articulações para que Alckmin, ex-tucano, ocupe a vaga de vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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O documento diz que "o momento exige pactos sobre valores necessários para de novo unir o Brasil" e descreve uma "contagem regressiva" até as eleições de outubro.

Apesar de divergências no PT sobre a aliança com Alckmin e com legendas de centro, é de Lula a palavra final. "E, consciente do seu papel, ele já cumpre a missão, edificando pontes com aqueles que já estiveram do outro lado", destaca um trecho da carta, obtida pelo Estadão/Broadcast.

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Na prática, o texto foi preparado para um seminário da liderança do PT na Câmara, que ocorrerá em Brasília, na segunda e terça-feiras, e contará com a participação virtual de Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff. O documento leva a assinatura da presidente do PT, Gleisi Hoffmann; dos líderes na Câmara, Reginaldo Lopes (MG), e no Senado, Paulo Rocha (PA); do presidente da Fundação Perseu Abramo, Aloizio Mercadante, e do presidente do Instituto Lula, Márcio Pochmann.

Nos últimos dias, Lula tem mantido encontros com integrantes de vários partidos que fizeram oposição a seu governo e votaram a favor do impeachment de Dilma. O ex-presidente também se aproximou da velha guarda do PSDB. Esteve, por exemplo, com o ex-chanceler Aloysio Nunes Ferreira e com o senador Tasso Jereissati (CE). O comando do PT ainda tenta atrair o PSD, comandado por Gilberto Kassab, para a campanha de Lula ao Palácio do Planalto.

RECADOS. O ex-presidente tem mandado recados para a ala mais à esquerda do partido, que critica a possível aliança com Alckmin. "Espero que o PT compreenda a necessidade de fazer aliança", disse ele nesta quarta-feira, 26, em entrevista à rádio CBN Vale, de São José dos Campos.

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Líder do partido na Câmara, o deputado Reginaldo Lopes defendeu a dobradinha com Alckmin e disse que o possível apoio à candidatura do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), ao governo de Minas pode pavimentar o caminho para que a legenda de Kassab também apoie Lula já no primeiro turno. Até agora, porém, Kassab defende publicamente a candidatura do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ao Planalto.

Lopes se diz a favor de "uma aliança ampla". "Temos de ter capacidade de buscar aliados, construir uma boa base de governabilidade. E aí eu acho que o Alckmin e o PSD, partido do Kassab, poderiam participar dessa união nacional já no primeiro turno", completou.

Alckmin negocia possível filiação no PSB, que articula uma federação partidária com o PT na eleição deste ano.

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DILMA. A participação de Dilma no seminário da cúpula petista ocorre no momento em que Lula tenta se descolar da imagem de que ela integrará eventual novo governo petista. Nesta sexta-feira, 28, por exemplo, o ex-presidente disse que Dilma não tinha "jogo de cintura" nem a "paciência que a política exige". Antes, ele já havia afirmado que, se eleito, não pretende remontar governos passados. "O tempo passou e tem muita gente nova no pedaço", disse.

Ainda sem um programa de governo definido, o PT vai promover seminários para discutir as ideias do partido em temas como economia e meio ambiente, formação de federações partidárias e agenda legislativa ao longo deste ano eleitoral.

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