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CPI do MST ouve assentados sobre papel de líderes sem-terra e como são as invasões

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ouve nesta terça-feira, 8, cinco assentados com o objetivo de entender quais são as orientações dos líderes sem-terra durante as ações e como as invasões são p

Natália Santos (via Agência Estado)

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Escrito por Natália Santos (via Agência Estado)
Publicado em 08.08.2023, 13:49:00 Editado em 08.08.2023, 13:58:13
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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ouve nesta terça-feira, 8, cinco assentados com o objetivo de entender quais são as orientações dos líderes sem-terra durante as ações e como as invasões são planejadas e executadas no País.

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Os convidados são Joviniano José Rodrigues e Noemia José dos Santos, assentados da área 3, na fazenda Palmeiras, em Goiás; Benevaldo da Silva Gomes, ex-participante do acampamento Egídio Bruneto; Elivaldo da Silva Costa, presidente do Projeto de Assentamento Rosa do Prado; e Vanuza dos Santos de Souza, ex-participante do Acampamento São João.

O presidente da comissão, Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS), vai encaminhar um pedido de prorrogação dos trabalhos do colegiado, por mais 60 dias, ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PL-AL), ainda nesta semana. O período de funcionamento da CPI é até 3 de setembro.

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Na última sessão, na quinta-feira, 3, a oposição ameaçou pela primeira vez efetuar uma prisão no colegiado, o líder da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL), José Rainha. Durante oitiva, ele tentou negar apoio direto à deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) nas eleições de 2018 e voltou atrás após ser confrontado com um vídeo exposto. A tática da oposição envolveu associar Rainha à esquerda e a políticos do grupo.

O líder da FNL prestou depoimento à CPI na condição de testemunha, sobre a promoção de ocupações de terra no Brasil durante o chamado "Carnaval Vermelho". Durante a oitiva, ele se recusou a contar quais divergências o levaram a romper com o MST. "Vou levar para o cemitério", disse. Ele afirmou ainda ter boa relação com Dilma Rousseff (PT) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ainda que não tenha contato recente com eles.

Na mesma sessão, Zucco provocou a parlamentar Sâmia e perguntou se ela queria "um remédio ou um hambúrguer" para se acalmar. Parlamentares viram machismo na fala do deputado. "A senhora pode ficar mais calma. A senhora respeite... A senhora está nervosa, deputada? Quer um remédio? Ou quer um hambúrguer?", perguntou o presidente do colegiado para a parlamentar, após ele fazer um pedido para que assessores não se manifestassem durante a sessão.

A comissão também impôs uma derrota ao governo Lula, com a aprovação da convocação do ministro da Casa Civil, Rui Costa. Como mostrou o Estadão, o ex-governador da Bahia tem histórico conflituoso com o movimento e pode municiar a oposição. A Bahia é palco de diversas invasões do MST e Rui não esconde, nem de correligionários do PT nem de aliados do Planalto, sua falta de simpatia pelo grupo.

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