A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) desta terça-feira, 15, foi interrompida após um bate-boca entre os deputados do PSOL Talíria Petrone (RJ) e Tarcísio Motta (RJ) e o deputado bolsonarista Coronel Chrisóstomo (PL-RO).
A discussão começou quando Chrisóstomo perguntou quem havia matado a ex-vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco. Em resposta, Petrone disse que os algozes eram da milícia do Rio de Janeiro, que "frequentava a casa do ex-presidente Bolsonaro", enquanto que Motta afirmou que o parlamentar de Rondônia "não tem coragem" de falar da ex-vereadora no microfone da Câmara dos Deputados.
"E quem foi que matou a Marielle?", questionou Chrisóstomo. "A milícia, líder da milícia, a milícia que elegeu o seu presidente. Limpe a sua boca para falar de uma parlamentar executada pela milícia que frequentava a casa de Bolsonaro", respondeu Petrone, que também chamou o parlamentar do PL de "miliciano". Motta, por sua vez, disse que o congressista era "covarde" e pediu para que o aliado de Bolsonaro repetisse a frase no microfone da Câmara, para poder representar contra ele no Conselho de Ética da: "Não tem coragem, aí só fala no bastidor".
A sessão desta terça da CPI do MST ouviu João Pedro Stédile, liderança histórica do movimento sem-terra. Ao chegar à Câmara dos Deputados, apoiadores de Stédile entoaram um canto interpretado como uma provocação à oposição, que perdeu força no colegiado na última semana: "Pisa ligeiro, pisa ligeiro, quem não pode com a formiga, não assanha o formigueiro".
Deixe seu comentário sobre: "CPI do MST: deputada do PSOL diz a aliado de Bolsonaro que milícia matou Marielle"