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CPI da Covid é encerrada após colher depoimento de coronel

Durante as mais de cinco horas, o militar negou proximidade com o governo

Da Redação

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CPI da Covid é encerrada após colher depoimento de coronel
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Escrito por Da Redação
Publicado em 10.08.2021, 17:37:00 Editado em 10.08.2021, 17:56:44
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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, encerrou nesta terça, 10, a reunião em que ouviu o tenente-coronel da reserva Helcio Bruno de Almeida. Durante as mais de cinco horas, o militar negou proximidade com o governo e, beneficiado por um habeas corpus, Helcio escolheu ficar em silêncio pela maior parte da sessão.

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Helcio Bruno, que é presidente da ONG Instituto Força Brasil, chegou à CPI após ser apontado como elo entre representantes da empresa Davati Medical Supply e o Ministério da Saúde nas negociações de compra de vacinas. De acordo com o vice-presidente do colegiado, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o militar foi convocado à CPI para explicar seu "eventual tráfico de influência" em negociação com suspeição de um pedido de propina.

O militar negou que tenha participado de alguma oferta ou pedido de vantagem indevida na negociação de vacinas com o Ministério da Saúde. Helcio também afirmou que aceitou compartilhar uma agenda marcada previamente no ministério com a Davati Medical Supply, no dia 12 de março, acreditando na "boa-fé" da empresa e com a intenção de acelerar a venda de vacinas para o mercado privado, possibilidade não prevista pela legislação na ocasião. Ele disse ter sido apresentado à empresa pelo reverendo Amilton Gomes de Paula, que prestou depoimento na semana passada.

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"Jamais participei de qualquer reunião ou encontro no qual teria sido oferecida ou solicitada vantagem indevida por quem quer que seja e também informo que jamais estive presente em qualquer jantar com o senhor Luiz Paulo Dominghetti muito menos no que teria ocorrido em 25 de fevereiro", declarou o tenente-coronel.

Por decisão da ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), o militar depôs protegido por um habeas corpus, o que lhe garantiu o direito de ficar em silêncio para não produzir provas contra si mesmo. Após suas declarações iniciais, o depoente se negou a responder a maioria das perguntas realizadas pelo colegiado. "Minha defesa está pautada na minha declaração, e na preservação do meu silêncio naqueles pontos que o meu advogado me orientou. Portanto, é a declaração, e fora isso, eu me reservo ao direito de permanecer em silêncio", disse.

Bolsonaro

O início da sessão que ouviu o tenente-coronel foi marcado pela reação de parlamentares contra o presidente Jair Bolsonaro por acompanhar, na manhã desta terça-feira, um desfile de tanques e veículos militares blindados em Brasília. Aziz classificou o ato como "lamentável" e acusou o chefe do Planalto de tentar intimidar parlamentares e fazer uma ameaça à democracia. O relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), cobrou as Forças Armadas para deixar de lado o que chamou de "loucuras" do presidente Jair Bolsonaro.

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