O Congresso iniciou nesta terça-feira, 9, a retirada das grades que estão nos arredores do prédio principal do Poder Legislativo federal. A decisão foi anunciada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), no fim do ano passado, em uma café da manhã com jornalistas.
No evento Democracia Inabalada, em alusão aos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, Pacheco confirmou essa intenção e disse que a retirada das grades simbolizava a retomada "um ano após essa tragédia democrática do Brasil".
"É chegada a hora, em 8 de janeiro de 2024, um ano após essa tragédia democrática do Brasil, abrir o Congresso Nacional para o povo brasileiro. Retirar essas grades que circundam o Congresso Nacional, para que todos tenham a compreensão de que essa é a Casa deles, é a Casa do povo, é a Casa de representantes eleitos, onde as decisões devem ser tomadas para o rumo do Brasil", disse o presidente do Senado em seu discurso na cerimônia.
A instalação de barreiras nas sedes dos Três Poderes em Brasília começou a ficar comum após 2013, quando manifestantes ocuparam o topo do Congresso em meio aos atos que se iniciaram em junho daquele ano. Os protestos contra a então presidente Dilma Rousseff (PT) e o processo de impeachment em 2016 também motivaram as grades de proteção em determinados momentos.
Os atos golpistas de 2023 e a invasão e depredação do Congresso também motivaram a proteção por parte das forças de segurança do Legislativo, do Judiciário e do Executivo. O Palácio do Planalto, por exemplo, retirou neste ano as grades de proteção que estavam no local desde 2013.
Apesar de a retirada das barreiras ser simbólica por se dar um ano após os atos golpistas de 8 de janeiro, na data da invasão da sede do Legislativo o prédio já estava cercado pela proteção.
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