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Com dirigentes presos no Rio, Iabas administra mais de 80 serviços na saúde de SP

Alvo de uma operação que prendeu cinco de seus dirigentes no Rio nesta quinta-feira, 23, o Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas) é responsável pela administração de dois hospitais e mais de 80 serviços no atendimento básico de saúde na ci

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 24.07.2020, 11:09:00 Editado em 24.07.2020, 11:15:11
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Alvo de uma operação que prendeu cinco de seus dirigentes no Rio nesta quinta-feira, 23, o Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas) é responsável pela administração de dois hospitais e mais de 80 serviços no atendimento básico de saúde na cidade de São Paulo. Entre eles estão a administração de 31 unidades básicas de saúde (UBS) e assistências médicas ambulatoriais (AMA), o que inclui todas as unidades no centro da capital paulista.

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Um ano antes, a Iabas chegou a ser condenada pela Prefeitura a pagar uma multa de R$ 740 mil, por ter usado recursos de um contrato que estava suspenso. À época, a entidade afirmou que não concordava com a cobrança, mas preferiu não entrar em uma batalha judicial contra o ressarcimento.

Além dos serviços no atendimento básico, a entidade é também responsável pela administração do Hospital Municipal da Bela Vista, na região central de São Paulo, de dois pavilhões no Hospital de Campanha do Anhembi, na zona norte, além de administrar leitos hospitalares emergenciais para a pandemia do coronavírus no Hospital Municipal da Vila Brasilândia, também na zona norte.

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No Rio, a Iabas chegou a assinar contratos para a administração de sete hospitais de campanha estaduais. Após ser alvo da Operação Placebo, no início de junho, o governador Wilson Witzel (PSC) determinou a intervenção nos hospitais, e retirou a Iabas da administração dos contratos.

Além de Rio e São Paulo, a entidade também mantém um contrato com o governo de Mato Grosso do Sul, onde gerencia sistemas de agendamento de consultas, disponibilidade de leitos hospitalares, e indicadores de qualidade. O contrato paga cerca de R$ 1,2 milhão por mês pelo serviço.

Prisões

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Os dirigentes da Iabas presos nessa quinta são acusados de cometerem crimes de peculato e lavagem de dinheiro em contratos na área da saúde. A suspeita é de desvios de mais de R$ 6 milhões apenas com a Prefeitura do Rio, mas o grupo é investigado também por contratos com os governos estaduais do Rio de Janeiro e de Mato Grosso do Sul, além da capital paulista.

Em nota, a Iabas disse que está colaborando com as autoridades, e ressaltou "que mantém estritos padrões de comportamento ético e legal e que presta regularmente contas de suas ações aos órgãos de controle das entidades contratantes e aos Tribunais de Contas. Todas as suas prestações de contas relativas aos contratos com a Prefeitura do Rio foram aprovadas, apenas as informações de 2019 ainda estão sob análise. O instituto aguarda o desenvolvimento das investigações para saber o que há de concreto nas ilações apresentadas pelo Ministério Público do Rio", disse a Iabas.

O Tribunal de Contas do Município (TCM) já apontou falhas na execução dos contratos da Iabas com a Prefeitura de São Paulo. Em 2017, um relatório do Tribunal apontou que havia, em média, déficit de quase 20% nas equipes de médicos nas UBS administradas pelo instituto. A fiscalização encontrou, à época, uma UBS fechada e outra com estrutura insuficiente para a demanda.

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