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Cid iniciou avaliação de Patek Philippe logo após Bolsonaro ganhar o relógio no Bahrein, diz PF

A Polícia Federal afirma que o ex-presidente Jair Bolsonaro tinha "plena ciência" do esquema de venda de joias e presentes que ele recebeu em razão do cargo. Os investigadores descobriram que o ex-ajudante de ordens da Presidência começou a pesquisar quan

Pepita Ortega e Tácio Lorran (via Agência Estado)

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Escrito por Pepita Ortega e Tácio Lorran (via Agência Estado)
Publicado em 08.07.2024, 19:33:00 Editado em 08.07.2024, 19:38:33
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A Polícia Federal afirma que o ex-presidente Jair Bolsonaro tinha "plena ciência" do esquema de venda de joias e presentes que ele recebeu em razão do cargo. Os investigadores descobriram que o ex-ajudante de ordens da Presidência começou a pesquisar quanto valia um relógio Patek Philipe logo após de ex-chefe do Executivo ter ganhado o mesmo, no Bahrein, em novembro de 2021.

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A pesquisa ocorreu enquanto a viagem ocorria - Cid acompanhava o ex-chefe do Executivo. O delator chegou a enviar para o então presidente, por WhatsApp, a captura de tela com o valor do relógio - US$ 51.665,00 - assim como uma fotografia do certificado de origem do relógio.

Ainda de acordo com a Polícia Federal, sete meses depois da viagem, em junho de 2022, Cid começou a negociar a venda do relógio Patek Philippe com a loja Precision Watches, na Pensilvânia, nos Estados Unidos. A Polícia Federal narra que o relógio foi levado para os EUA no avião presencial e vendido.

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Como mostrou o Estadão, a PF diz que o relógio Patek Philippe foi "subtraído diretamente" por Bolsonaro, sem sequer ser registrado no Gabinete Adjunto de Documentação Histórica da Presidência para tratamento e destinação. O mesmo ocorreu com esculturas douradas de um barco e uma árvore. Ainda de acordo com os investigadores, tais bens ainda não foram recuperados.

Os investigadores conseguiram identificar que Cid tirou fotos do relógio no Palácio da Alvorada, residência oficial do Presidente da República. Segundo a PF, esse e outros elementos de prova ratificam a participação de Bolsonaro no esquema sob suspeita.

À PF, Cid afirmou que o relógio "foi apresentado inicialmente pelo ex-presidente, solicitando que fosse realizada uma pesquisa de preço". Cid diz que Bolsonaro deu ordem para que ele rendesse o objeto.

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A corporação descobriu ainda que o representante da loja para qual o relógio foi vendido chegou a questionar o porquê de o certificado de compra do objeto estar em branco. Cid, respondeu que o relógio era "um presente recebido em uma viagem oficial de negócios aos Emirados em outubro de 2021". O então ajudante de ordens da Presidência disse ainda que esperava receber 50 mil dólares pelo relógio.

Segundo a corporação, o relógio foi vendido junto de um Rolex também presenteado a Bolsonaro por US$ 68 mil.

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