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Chapa PT-PSB em PE expulsa 17 'infieis' que declaram apoio a outros candidatos

Os diretórios estaduais do PSB e do PT, os dois maiores partidos e os cabeça de chapa da Frente Popular, adotaram a linha-dura em Pernambuco e iniciaram uma série de expulsões de filiados que têm declarado apoio a candidatos de outras legendas. Ambas sigl

Augusto Tenório (via Agência Estado)

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Escrito por Augusto Tenório (via Agência Estado)
Publicado em 07.07.2022, 18:33:00 Editado em 07.07.2022, 18:37:43
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Os diretórios estaduais do PSB e do PT, os dois maiores partidos e os cabeça de chapa da Frente Popular, adotaram a linha-dura em Pernambuco e iniciaram uma série de expulsões de filiados que têm declarado apoio a candidatos de outras legendas. Ambas siglas aprovaram resoluções para expulsar os filiados 'infiéis'. Danilo Cabral, deputado federal, que concorre para manter o PSB no poder no Estado, e Teresa Leitão, deputada estadual pelo PT, que é o nome da chapa ao Senado. Desde abril, os dois partidos já expulsaram 17 filiados, entre prefeitos, vereadores e dirigentes.

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A iniciativa do PSB vem da necessidade de Cabral, ainda desconhecido, superar pelo menos quatro candidatos que estão mais bem colocados em pesquisas recentes. Segundo o presidente do PSB de Pernambuco, Sileno Guedes, a escolha do deputado ocorreu após "amplo diálogo". O dirigente diz que a escolha do parlamentar ocorreu em dezembro do ano passado, "após um intenso processo de escuta conduzido pelo governador Paulo Câmara (PSB), tanto dentro do partido como junto a partidos aliados".

"Chegamos ao nome de Danilo Cabral, que tem percorrido este estado e sido legitimado pela população, pelos correligionários e pela Frente Popular. E em unidade com o PT, endossamos a escolha de Teresa Leitão para compor a chapa na vaga ao Senado. É um projeto sólido, construído sob um princípio fundamental que Arraes e Eduardo nos ensinaram, que é a lealdade. Quem quer seguir uma aventura que não propõe nada de concreto para Pernambuco deve procurar outro partido para militar", disse Guedes.

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Até o momento, pelo menos seis nomes podem ser expulsos: Alexandre Albuquerque de Barros Carvalho, vereador de Goiana; Juarez Rodrigues Fernandes, prefeito de Machados; Wevertron Barros de Siqueira, vereador de Arcoverde; Célia Almeida Galindo, vereadora de Arcoverde; José Antônio Martins da Silva, prefeito de João Alfredo; José Teixeira Neto, filiado de Paranatama.

Mesmo sem tornar pública uma sua lista de expulsos, que teria 11 nomes, dirigentes petistas que pediram para não serem identificados disseram que o objetivo da iniciativa é estancar o movimento de apoio à pré-candidatura de Marília Arraes (Solidariedade), que deixou o PT ao ser preterida como cabeça de chapa. A ala dissidente chegou a lançar o movimento "oPTei Marília".

As expulsões no PT começaram em abril, com George Gueber, prefeito de Orocó, no Sertão do São Francisco. Ele declarou apoio a Miguel Coelho (União Brasil), ex-prefeito de Petrolina, que tem forte influência política na região. Sua saída foi anunciada quatro dias depois. Dos 11 expulsos, 9 declararam abertamente apoio à Marília, enquanto dois saíram em defesa do ex-prefeito.

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Além de Gueber, o PT expulsou Fany das Manas, vereadora de Garanhuns; Chico Gomes, então presidente do PT em Igarassu; Gessé Rodrigues, secretário estadual LGBTQIA+ da Juventude do PT em Pernambuco; Walliphy Martins, então dirigente da Juventude do PT e aliado próximo de Marília; José Matheus Gomes, secretário da Juventude do PT no Recife; José Ronaldo de Lima, vice-presidente do PT de Bom Jardim; e Ygor Lima, do diretório do PT do Recife.

Ao Estadão, Sérgio Goiana, secretário do PT, disse que a lista pode aumentar. "A gente não pode ficar com dois pesos e duas medidas. Qualquer um que adote a mesma posição, vai sofrer com o mesmo encaminhamento. Esses primeiros foram desfiliados, espero que não tenham mais no futuro, mas vale lembrar que essa regra serve para quem tem mandato e cargo no partido, o militante não é atingido. Não queremos uma caça às bruxas."

O presidente da legenda em Pernambuco, o deputado estadual Doriel Barros, não comentou o caso.

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