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Centro-direita vence socialistas nas eleições em Portugal e extrema-direita cresce

Os portugueses optaram por uma guinada à direita nas eleições que foram realizadas neste domingo, 10, após nove anos de governos encabeçados pelo Partido Socialista (PS). A legenda de centro-direita Aliança Democrática (AD), de Luís Montenegro, conquistou

Redação (via Agência Estado)

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Escrito por Redação (via Agência Estado)
Publicado em 11.03.2024, 10:16:00 Editado em 11.03.2024, 10:23:02
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Os portugueses optaram por uma guinada à direita nas eleições que foram realizadas neste domingo, 10, após nove anos de governos encabeçados pelo Partido Socialista (PS). A legenda de centro-direita Aliança Democrática (AD), de Luís Montenegro, conquistou o maior número de cadeiras no Parlamento e vai tentar formar um governo no país europeu.

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O pleito português estava previsto para ocorrer apenas em 2026, mas o primeiro-ministro de Portugal, António Costa, anunciou a sua renúncia após denúncias de um escândalo de corrupção relacionado a negócios de lítio e hidrogênio no país.

A Aliança Democrática (AD), de centro-direita, venceu as eleições legislativas em Portugal, com 29,52% dos votos, conquistando 79 cadeiras no Parlamento português. O Partido Socialista (PS) ficou em segundo lugar, com 28,66% dos votos e 77 cadeiras, e deve ser oposição pela primeira vez desde 2015.

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A legenda de extrema-direita Chega teve um grande desempenho, conseguindo mais do que o dobro dos votos do último pleito e se consolidando como terceira força política em Portugal. O partido de André Ventura teve 18% dos votos, conquistando 48 cadeiras.

Quando será formado um governo?

O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, que ocupa a função de Chefe de Estado, vai convidar nesta semana o líder do partido vencedor das eleições, Luís Montenegro, da Aliança Democrática (AD), para tentar formar um governo.

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Montenegro deve iniciar negociações para conseguir formar uma maioria no Parlamento de Portugal em uma coalizão encabeçada por ele como primeiro-ministro. A AD conseguiu 79 cadeiras e precisa de outros partidos para chegar ao número de 116 cadeiras, quantidade mínima de parlamentares para a formação de uma coalizão em um Parlamento de 230 deputados.

A legenda vencedora poderia formar um governo caso fizesse uma coalizão com o Chega, mas Montenegro havia afirmado antes do pleito que não governaria com o apoio do partido de extrema-direita e reiterou a promessa após as eleições.

O que aconteceu com a extrema-direita?

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O partido Chega, de extrema-direita, se consolidou como a terceira força política de Portugal. A legenda obteve 18% dos votos, representando 48 cadeiras. O líder da legenda, André Ventura, um advogado de formação que já quis ser padre, ganhou fama por ter atuado como comentarista de futebol e com declarações inflamadas contra diversas minorias, como a comunidade cigana e imigrantes.

Segundo Ventura, é necessário limitar a imigração porque o alto fluxo de imigrantes está pressionando o sistema de saúde e o setor da habitação. O político também relacionou o número de imigrantes com um aumento da criminalidade em Portugal, discurso que é contestado por especialistas.

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O líder do Chega afirmou que gostaria de fazer parte de um governo de direita, encabeçado pela Aliança Democrática (AD).

O que aconteceu com a esquerda socialista de Portugal?

O líder do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, reconheceu que a legenda deve ser oposição no Parlamento de Portugal. A mídia portuguesa chegou a especular sobre um possível apoio dos socialistas a um governo da AD com o intuito de bloquear uma coalizão de centro-direita com o Chega, mas esta possibilidade parece improvável.

Em novembro do ano passado, o primeiro-ministro de Portugal, António Costa, renunciou após denúncias de um escândalo de corrupção relacionado a negócios de lítio e hidrogênio no país. Os socialistas estão no poder em Portugal desde 2015. No pleito legislativo de 2022, a legenda de esquerda conseguiu uma ampla maioria, conquistando 117 cadeiras de 230 possíveis, sem ter que negociar com os outros partidos, como aconteceu nas eleições de 2015 e 2019.

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