Embora a violência política ou eleitoral tenha se tornado cada vez mais "comum" no Brasil, o caso ocorrido neste domingo, com o candidato José Luiz Datena (PSDB) agrediu com uma cadeira o outro candidato Pablo Marçal (PRTB) – em frente às câmeras durante um debate ao vivo.
Não há relatos de que trocas de acusações entre adversários tenham ido além de gritos e xingamentos, chegando às chamadas “vias de fato".
Em relação ao trimestre anterior, teve um aumento número de casos de 117%, uma vez que parte significativa dos casos foram contra pré-candidatos a cargos locais.
O episódio de violência mais recente ocorreu no Rio de Janeiro, mas foi durante a campanha de rua. No início deste mês, o candidato a vereador pelo Rio de Janeiro Leonel de Esquerda (PT) foi internado após ser agredido por um grupo que, segundo ele, incluía o candidato a prefeito e deputado estadual Rodrigo Amorim (União Brasil).
O PT chegou a pedir a impugnação da candidatura de Amorim, em caso que ainda não foi julgado. O mesmo candidato da prefeito já teve uma punição anterior, por ter cometido crime de violência política de gênero contra a vereadora Benny Briolly. Em maio de 2022, Amorim a chamou de “aberração da natureza” por ela ser uma pessoa trans. A punição, porém foi abolida.
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História
O caso mais memorável foi o que envolveu em 1963 o senador Arnon de Melo (PDC), pai do ex-presidente Fernando Collor de Mello. Ele efetuou um disparo com uma arma contra seu adversário, o alagoano Silvestre Péricles de Góis Monteiro (PST), que também estava armado. Mas errou os disparos e acabou matando o senador acreano José Kairala (PSD). O pai de Collor chegou a ficar algumas horas sem direito a liberdade, mas foi liberado por responder os disparos como legítima defesa.
Em 2010, o então prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), afastou aos empurrões um protestador em evento de inauguração de uma Assistência Médica Ambulatorial, que protestava contra a Lei Cidade Limpa. “Sai daqui! Estamos em um hospital, respeite os doentes. Vagabundo!”, gritou Kassab ao protestante.
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Em 1949, o ex-presidente Jânio Quadros foi agredido dentro da Câmara de São Paulo, durante seu primeiro mandato como vereador. Num debate exaltado contra um projeto de lei que concedia benefícios a associações esportivas, Jânio chamou de fascista seu colega João Carlos Fairbanks, um antigo militante integralista.
Outro vereador , Altimar Ribeiro de Lima, tomou as dores e partiu em defesa de Fairbanks, pegou Jânio pela garganta e o agrediu. Ele chocou com a cabeça num ferro e começou a sangrar. Conhecido desde cedo pela teatralidade, Jânio passou a mão na cabeça, mostrou o sangue e continuou o discurso.
Com informações InfoMoney
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