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Cantora, pastor e influenciadores: quem são os presos suspeitos de financiar atos do 8/1

O pastor Dirlei Paiz, a cantora gospel Fernanda Ôliver e os influenciadores Isac Ferreira e Rodrigo Lima foram presos na manhã desta quinta-feira, 17, na 14ª fase da Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal (PF). A ação busca colher provas para a investig

Isabella Alonso Panho (via Agência Estado)

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Escrito por Isabella Alonso Panho (via Agência Estado)
Publicado em 17.08.2023, 15:42:00 Editado em 17.08.2023, 15:47:56
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O pastor Dirlei Paiz, a cantora gospel Fernanda Ôliver e os influenciadores Isac Ferreira e Rodrigo Lima foram presos na manhã desta quinta-feira, 17, na 14ª fase da Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal (PF). A ação busca colher provas para a investigação sobre o financiamento e a organização dos atos do 8 de janeiro em Brasília, quando a sede dos Três Poderes foram atacadas por radicais favoráveis ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Além deles, mais cinco pessoas foram presas. A Justiça expediu dez mandados de prisão endereçados para Distrito Federal (2), Goiás (2), Paraíba (1), Paraná (2) e Santa Catarina (3). Também houve busca e apreensão em sete Estados - Bahia, Distrito Federal, Goiás, Paraíba, Paraná e Santa Catarina. A nova etapa da operação mira supostos incitadores da "Festa da Selma", expressão foi usada como um código para o ataque às sedes dos Três Poderes. De acordo com a Polícia Federal, havia um grupo no Telegram intitulado dessa forma, com os articuladores do movimento. "O termo Festa da Selma foi utilizado para convidar e organizar transporte para as invasões, além de compartilhar coordenadas e instruções detalhadas para a invasão aos prédios públicos. Recomendavam ainda não levar idosos e crianças, se preparar para enfrentar a polícia e defendiam, ainda, termos como guerra, ocupar o Congresso e derrubar o governo constituído", indicou a corporação.

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Dirlei Paiz

Nas redes sociais, o pastor Dirlei Paiz, um dos presos na operação da PF nesta sexta, se apresenta como um entusiasta de Jair Bolsonaro e das manifestações do 8 de janeiro. Desde 22 de maio, Paiz trabalha como assessor do presidente da Câmara de Vereadores de Blumenau, Almir Vieira (PP). Ele recebe um salário bruto de R$ 5.075 na função. No dia dos atos, ele publicou um vídeo enaltecendo as ações dos radicais. "Vai ficar para a história o dia que o povo brasileiro invadiu Brasília e deu um recado para esse povo 'esquerdalha' entender que não é tudo que eles podem fazer", disse o pastor. O pastor se apresenta como uma liderança bolsonarista e tem diversos vídeos em que fala sobre a logística dos ônibus que saíram de Blumenau, em Santa Catarina, com destino a Brasília. Ele publicou também registros do 8 de janeiro, evidenciando que estava com os manifestantes. No dia 28 de junho, Paiz publicou uma foto ao lado de Jair Renan, filho mais novo do ex-presidente. O "04" se mudou em março para o litoral catarinense, onde trabalha como assessor parlamentar do senador Jorge Seif Junior (PL-SC). Fernanda Ôliver é o nome artístico da cantora gospel Fernanda Rodrigues de Oliveira. Natural de Araguaçu (TO), ela mora em Goiânia e lançou seu primeiro álbum em 2021, com o nome "Acima de tudo", que remete ao slogan de Bolsonaro nas campanhas eleitorais "Deus acima de tudo, Brasil acima de todos". As canções dela foram usadas em manifestações a favor do ex-presidente.

Isac Oliveira

Outro preso na manhã desta quinta é Isac Oliveira. Morador de Taguatinga, no Distrito Federal, o rapaz afirma nas redes sociais que é "empreendedor, economista e gerente regional de vendas". Ele oferta cursos de investimentos. "Fiz mais de 2,5 milhões vendendo na internet totalmente diferente da maneira comum!! Não vendo curso! Ensino de graça", diz a biografia no Instagram. Em pelo menos duas ocasiões, Isac publicou nas redes referências à "Festa da Selma". Na véspera do 8 de janeiro, escreveu "Vai ser foda a festa da Selma" e, no dia seguinte, publicou uma fotografia dos radicais invadindo o Congresso, repetindo a menção. "Festa da Selma não tem hora pra acabar!!! Levem suas bíblias e seus direitos!!"

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Rodrigo Lima

Também influenciador digital, Rodrigo Lima foi preso na operação desta sexta. Ele se apresenta como "gestor público, cientista político, especialista em marketing político, professor, palestrante e escritor" e mora em João Pessoa (PB). Nas redes sociais, ele convocou seguidores para a "Festa da Selma" dias antes dos atos em Brasília. Em outras publicações, ele fala sobre a "festa", demonstrando que estaria dentro da organização das caravanas do 8 de janeiro. "Hoje na live do meu Instagram vou falar as pautas que serão pedidas na festa da Selma. Ainda pela manhã", disse o influenciador no sábado, dia 7 de janeiro.

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