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Candidato indicado por Bolsonaro tem rejeição de 68% em São Paulo, aponta Datafolha

A rejeição ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece como fator importante para as eleições municipais de São Paulo em 2024. Segundo pesquisa Datafolha, 68% dos eleitores paulistanos afirmam que "não votariam de jeito nenhum" em um candidato indicado p

Rubens Anater (via Agência Estado)

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Escrito por Rubens Anater (via Agência Estado)
Publicado em 02.09.2023, 13:40:00 Editado em 02.09.2023, 13:47:03
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A rejeição ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece como fator importante para as eleições municipais de São Paulo em 2024. Segundo pesquisa Datafolha, 68% dos eleitores paulistanos afirmam que "não votariam de jeito nenhum" em um candidato indicado pelo ex-presidente. Na via contrária, apenas 13% dizem que a indicação de Bolsonaro "levaria a escolher candidato com certeza".

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Entre os três personagens representados na pesquisa, Jair Bolsonaro aparece como o pior cabo eleitoral para as eleições do ano que vem. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) - ele próprio apoiado por Bolsonaro -, consegue mobilizar um pouco melhor os eleitores, mas também tem uma rejeição alta: 15% votariam com certeza em um candidato indicado por ele, enquanto 46% não votariam de jeito nenhum.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem uma receptividade melhor entre os paulistanos: 23% dizem que votariam com certeza em um candidato indicado pelo petista, enquanto 37% rejeitariam sua indicação. A pesquisa foi feita presencialmente com 1.092 eleitores ouvidos pelo Datafolha na terça-feira, 29, e na quarta, 30.

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Essa preferência pode fazer a diferença na disputa que coloca como principais adversários o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), que se aproxima de Bolsonaro, e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que tem apoio do PT.

Como mostrado no blog De Dados em Dados do Estadão, mapas de votação de pleitos anteriores na capital paulista mostram que nas franjas da cidade, onde se encontra a maioria da classe D, os candidatos mais identificados com o lulismo acabam sendo majoritários. No centro expandido, onde se concentram as classes A e B1, os candidatos anti-Lula normalmente são a escolha do eleitor. O principal desafio, então, seria vencer na zona intermediária, que circunda o centro, mas ainda não está nas franjas da cidade.

No entanto, na eleição de 2022, Lula conseguiu equilibrar o jogo no centro expandido, muito em função do aumento da rejeição a Bolsonaro nas classes mais altas paulistanas. Bolsonaro até venceu na zona intermediária, mas perdeu de lavada nas franjas e em boa parte do centro expandido. Isso significa que, como candidato mais à direita, Ricardo Nunes precisa do voto anti-Lula, mas só se escorar em Bolsonaro não resolve.

Vale lembrar, contudo, que ainda é muito cedo para prever resultados a partir da pesquisa de rejeição. Em abril de 2022, 62% dos eleitores do estado de São Paulo afirmaram que não votariam em um candidato indicado pelo então presidente Bolsonaro. Ainda assim, o estado elegeu Tarcísio na disputa contra o candidato de Lula ao Palácio dos Bandeirantes, Fernando Haddad.

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