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Câmara de SP aprova projeto que muda nome da rua 'Sérgio Fleury' para 'Frei Tito'

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou na quarta-feira, 25, projeto de lei que altera o nome da rua Doutor Sérgio Fleury, na Zona Oeste da capital, para Frei Tito. A mudança precisa da sanção do prefeito Ricardo Nunes (MDB).Sérgio Paranhos Fleury foi del

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 26.08.2021, 23:04:00 Editado em 26.08.2021, 23:12:42
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A Câmara Municipal de São Paulo aprovou na quarta-feira, 25, projeto de lei que altera o nome da rua Doutor Sérgio Fleury, na Zona Oeste da capital, para Frei Tito. A mudança precisa da sanção do prefeito Ricardo Nunes (MDB).

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Sérgio Paranhos Fleury foi delegado do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) e símbolo do Esquadrão da Morte e da repressão política no País durante o regime militar. Fleury é apontado como um dos torturadores de Frei Tito, frade católico perseguido pela ditadura.

Um dos coautores do projeto, o vereador Antonio Donato (PT) afirmou que a mudança significa "reverenciar a vida e a democracia". "São Paulo não comporta mais espaço para homenagens a ditaduras e a violadores dos direitos humanos. Esperamos que o prefeito Ricardo Nunes sancione o projeto", afirma.

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Além dele, são autores da medida o deputado federal e ex-vereador Orlando Silva (PCdoB-SP), os vereadores Alfredinho (PT), Arselino Tatto (PT), Toninho Vespoli (PSOL) e Juliana Cardoso (PT) e os ex-vereadores Jamil Murad (PCdoB) e Reis (PT).

Em 2010, a Câmara Municipal aprovou projeto de lei que permite a alteração de nomes de ruas que homenageiam pessoas acusadas de violar direitos humanos.

Histórico

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Além de ter comandado policiais do Dops, Fleury foi denunciado pelo procurador de Justiça Hélio Bicudo, que expôs relações entre a polícia e o crime organizado durante a ditadura militar, e apontado como comandante do Esquadrão da Morte - grupo de policiais que executava criminosos nos anos 1960 e 1970.

Em 2016, o Ministério Público Federal (MPF) abriu uma investigação sobre a morte do fundador da Ação Libertadora Nacional (ALN), Carlos Marighella, realizada por 43 homens, entre civis e militares, que tem como alvo a equipe comandada por Fleury no Dops.

Frei Tito foi uma das vítimas mais emblemáticas da tortura promovida pelo regime militar. Militante de movimentos de esquerda que combatiam a ditadura, foi detido em 1969 durante batida realizada pela Polícia de São Paulo contra religiosos dominicanos acusados de apoiarem Marighella. O frade foi vítima de tortura física e psicológica pela equipe de Fleury durante o período em que permaneceu preso. Depois, foi enviado ao exílio na França e se suicidou em 1974, aos 29 anos.

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