Leia a última edição
--°C | Apucarana
Euro
--
Dólar
--

Política

publicidade
POLÍTICA

Câmara acelera tramitação de projeto que susta resolução sobre aborto legal

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Telegram
Siga-nos Seguir no Google News
Grupos do WhatsApp

Receba notícias no seu Whatsapp Participe dos grupos do TNOnline

A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira, 5, a urgência (aceleração) da tramitação de um projeto de lei que susta resolução do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) de 2024, que trata do atendimento de crianças e adolescentes vítimas de violência sexual e a garantia de seus direitos.

Com a urgência aprovada, parlamentares trabalham para que a Câmara aprove o projeto ainda nesta quarta-feira, 05. O placar final terminou com 313 votos sim, 119 votos não e 1 abstenção.

publicidade
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.

A resolução diz que a criança deve ter garantido o seu direito de acesso a informação da possibilidade de aborto caso a gestação seja resultado de episódio de violência sexual e permite que o aborto seja feito sem a necessidade de lavrar boletim de ocorrência ou supervisão judicial relatando o caso de violência sexual.

Além disso, outro trecho da resolução diz que configura conduta discriminatória, mesmo em caso de objeção de consciência, a recusa de um profissional em fazer um aborto apenas com base na descrença "em relação à palavra da vítima de violência sexual".

O projeto para sustar esse ato normativo foi apresentado pela deputada Chris Tonietto (PL-RJ), uma das principais parlamentares que militam contra o aborto, e tem o apoio da bancada cristã, que reúne as frentes parlamentar evangélica e católica.

publicidade

Há uma preocupação especial da bancada com o trecho que trata da conduta discriminatória. Deputados mencionam que hospitais católicos seriam obrigados a realizar a interrupção da gestação, ainda que sejam contra o aborto.

Tonietto alega que o ato normativo do Conanda fala do direito ao aborto - algo que, para ela, não constitui direito. Por isso, para ela, "não há que se falar em aborto legal".

O presidente da Frente Parlamentar Católica, Luiz Gastão (PSD-CE), é o relator do projeto. Ele afirma que a resolução do Conanda "protege o estuprador" ao permitir o procedimento mesmo sem a necessidade de abrir boletim de ocorrência.

publicidade

"A dispensa de autorização judicial, a meu ver, constitui afronta ao direito de acesso do nascituro ao Poder Judiciário", diz Gastão. "A resolução extrapola os limites legais, a vida, a literatura médica e o próprio bom senso."

Deputados de esquerda criticaram o projeto. "É uma proposta cruel contra crianças", afirma Maria do Rosário (PT-RS). "A proposta é cruel para com meninas que sofreram estupro."

Presidente da Frente Parlamentar Evangélica, Eli Borges (PL-TO), defendeu "o direito da criança nascer". "Se a mãe não quer, arrume um jeito de adotar, mas nunca assassinar criança no ventre da mãe", afirma.

publicidade

Gostou da matéria? Compartilhe!

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Email

Últimas em Política

publicidade

Mais lidas no TNOnline

publicidade

Últimas do TNOnline