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'Boulos recorre a Erundina por inexperiência', afirma Ricardo Nunes

Candidato a vice na chapa do prefeito Bruno Covas (PSDB), o vereador Ricardo Nunes (MDB) disse, em entrevista ao Estadão, que foi escolhido para ser vice por causa da sua influência da zona sul de São Paulo e negou que seu partido, o MDB, tenha negociado

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 27.11.2020, 13:17:00 Editado em 27.11.2020, 13:22:58
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Candidato a vice na chapa do prefeito Bruno Covas (PSDB), o vereador Ricardo Nunes (MDB) disse, em entrevista ao Estadão, que foi escolhido para ser vice por causa da sua influência da zona sul de São Paulo e negou que seu partido, o MDB, tenha negociado a indicação em troca do tempo de TV.

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Sobre a participação da deputada federal e ex-prefeita Luiza Erundina na chapa adversária, Nunes afirma que é uma "muleta" para a falta de experiência de Guilherme Boulos (PSOL).

Em evidência nos últimos dias por ser citado em um boletim de ocorrência por violência doméstica feito por sua mulher em 2011, Nunes diz que nunca a agrediu. Citado em uma investigação da Promotoria do Patrimônio Público e Social, que apura indícios de superfaturamento no aluguel de creches conveniadas, Nunes nega qualquer irregularidade e diz que muitos vereadores têm relacionamento com entidades conveniadas. "A vida é de relacionamentos, mas isso não é errado e antiético."

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Em 18 de fevereiro de 2011, sua mulher registrou um boletim de ocorrência contra o sr.. O que aconteceu?

Não houve nenhum tipo de agressão minha contra a Regina. Teve um momento que a gente estava um pouco alterado e teve aquele outro B.O. que eu fiz. O importante é que isso tudo foi superado. Nunca houve essa agressão.

Em 14 de março de 2011, foi o sr. que fez um B.O. contra sua mulher, por lesão corporal...

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Realmente teve uma vez que a Regina foi na empresa e estava nervosa. Ela ficou exaltada e aí eu acabei fazendo o boletim. O boletim de ocorrência é uma ação unilateral. Eu posso sair agora, ir na delegacia e fazer um contra vocês. Não quer dizer que aquilo seja verdadeiro. Aí tem um prazo para pedir o andamento ou não.

Covas disse, em entrevista no programa Roda Viva, na segunda-feira, que preferia ter escolhido uma mulher como vice, mas que acabou escolhendo o sr. porque representava o arco de alianças. O que o senhor achou disso?

Seria bom se ele tivesse escolhido (uma mulher), mas tem um contexto. Esta região da zona sul, Santo Amaro, Capela do Socorro, Grajaú, é a zona eleitoral com maior número de eleitores. São 486 mil. Em 2016, o João Doria (PSDB) ganhou em todas as zonas eleitorais, com exceção de duas: Grajaú e Parelheiros. Quem ganhou foi a quarta colocada (Marta Suplicy, na época no MDB). Muito por conta do mérito dela, mas indiscutivelmente tive uma participação nesse processo. Foi assim na campanha (para governador) do (Paulo) Skaf (MDB), que foi super bem votado aqui. Em nenhum momento a gente condicionou o apoio à escolha do vice.

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O candidato Guilherme Boulos tem deixado claro a estratégia de comparar o sr. com a candidata a vice na chapa dele, a ex-prefeita e deputada Luiza Erundina. Como o sr. vê isso?

A minha percepção é que eles usaram estratégia porque o candidato deles não tem nenhuma experiência administrativa. Querem tirar o foco na falta de experiência dele. Ficam comparando os vices para usar a Erundina como muleta devido à falta de experiência do Boulos.

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Como o sr. vê essa comparação com a Erundina?

A campanha deles está usando muito ela por conta dessa deficiência do Boulos. Então ela está muito exposta. O Boulos tem essa questão de ser um cara radical. A cidade não quer um cara radical. Aí fica usando a imagem dela, mais leve.

Outro foco de desgaste da campanha tem sido sua relação com as creches. Segundo o jornal Valor Econômico, há uma investigação no Ministério Público sobre indícios de superfaturamento no aluguel de creches conveniadas e o sr. é citado...

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O que existe é uma denúncia anônima feita no ano passado no meio da CPI da Sonegação Tributária. Até imaginei que fosse algo para me intimidar.

Uma das entidades citadas nesse inquérito é a Sociedade Beneficente Equilíbrio de Interlagos. Qual a relação do sr. com ela?

Quando me tornei vereador a entidade já existia. Os prédios já estavam alugados. Não defino preço de aluguel.

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Mas não se criou uma zona nebulosa no relacionamento das entidades que administram as creches, políticos e contratos?

Não cria. O que me incomoda é dizerem que sou investigado por algo que não existe. O vereador estar perto da entidade não é problema. Não sei quantos por cento dos vereadores têm relacionamento com entidades. Mas são muitos. E tá certo. Nunca estive em entidade em período de eleição. Relacionamento existe. A vida é de relacionamentos, mas isso não é errado e antiético.

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O sr. acha que o antipetismo perdeu força?

Acho que tem de ter espaço para todos. A melhor coisa que tem é o debate. Todas as vezes que a gente foi discutir qualquer projeto na Câmara, você pega o (vereador) Donato (do PT). A gente pensa contrário em um monte de coisa, mas o cara é de uma qualidade, sempre traz um debate. As pessoas estão preocupadas é se vai ter creche, vai ter remédio, se vai ter emprego.

Mulher diz não se lembrar de ter ido à delegacia fazer B.O.

A campanha de Bruno Covas (PSDB) vem sendo questionada sobre boletim de ocorrência (B.O.) por violência doméstica, ameaça e injúria registrado pela empresária Regina Carnovale Nunes, de 39 anos, contra o seu marido, Ricardo Nunes (MDB), de 53, candidato a vice.

Em entrevista ao Estadão, Regina negou que tenha sido agredida pelo marido e disse que não se lembra de ter ido à delegacia fazer a queixa. "Não me lembro de ter feito aquele boletim de ocorrência", disse Regina. "Não sei se apagou da minha memória porque eu estava muito nervosa", afirmou a empresária, ao lado do marido, na casa do casal, na zona sul de São Paulo.

Registrado às 9h21 de 18 de fevereiro de 2011, o B.O. 608/2011, da 6.ª Delegacia da Mulher (Santo Amaro), diz que Nunes, "inconformado com a separação", não "dava paz" à mulher e vinha "efetuando ligações proferindo ameaças" e enviando "mensagens ameaçadoras".

"Se eu tivesse ido até uma delegacia, eu iria lembrar do delegado, de quem me atendeu", disse a mulher. Questionada, então, se o documento foi feito à sua revelia, ela voltou a dizer que não se recorda. Perguntada sobre como estava o relacionamento do casal em fevereiro de 2011, Regina disse que o casal se desentendeu e que ela passou uns dias na casa da mãe. "Isso foi há dez anos. Estão falando disso agora para atrapalhar a campanha. Por que estão falando de uma briga de casal? Nem teve agressão. Foi um desentendimento de casal.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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