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Bolsonaro sobre 8/1: 'Se toma poder num domingo? Tem que mirar cadeira ocupada'

Após depor à Polícia Federal e negar envolvimento em suposta trama para derrubar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, o ex-presidente Jair Bolsonaro deu entrevista aos jornalistas nesta quarta, 12, à porta da sede da PF, em Brasíli

Pepita Ortega (via Agência Estado)

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Escrito por Pepita Ortega (via Agência Estado)
Publicado em 12.07.2023, 18:49:00 Editado em 12.07.2023, 18:55:51
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Após depor à Polícia Federal e negar envolvimento em suposta trama para derrubar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, o ex-presidente Jair Bolsonaro deu entrevista aos jornalistas nesta quarta, 12, à porta da sede da PF, em Brasília, e fez uma defesa enfática de seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel do Exército Mauro Cid. O militar está na mira de uma sucessão de investigações e, nesta terça, 11, compareceu à CPMI do 8 de janeiro - na qual se calou.

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"Cid é filho de um colega da minha turma. A gente sempre trata os filhos de colegas de turma como se nosso filho fosse. O tratamento meu com o Cid sempre foi respeitoso. Ele me serviu muito bem", afirmou Bolsonaro.

O ex-presidente falou sobre o celular do aliado, no qual foram encontradas mensagens com teor golpista, além de diálogos sobre supostas fraudes em sua carteira de vacinação.

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"Por que o telefone do Cid tinha tanta coisa? Ele nunca se preocupou em apagar nada. O telefone dele eu chamo de muro das lamentações ou uma caixa postal. Tudo que chegava pra nós, para tratar com o presidente, com os ministros, tudo chegava no telefone do Cid. Acredito que metade ele nem conseguia abrir", disse Bolsonaro.

O ex-presidente citou um diálogo encontrado no celular de Mauro Cid - o contato do major Ailton Barros, alvo da Operação Venire, que também visa Bolsonaro. "Nem sei se o Cid abriu essa mensagem." A PF encontrou no celular do ex-militar mensagens com 'tratativas de um golpe de Estado'.

Aos jornalistas, o ex-presidente questionou o teor golpista dos atos de 8 de janeiro, após o depoimento à PF. "Se toma poder num domingo? Você tem que mirar cadeira ocupada", afirmou. "Dizer que o 8 de janeiro teria sido golpista, pelo amor de Deus. Você não vai dar golpe em um domingo, sem canivete, sem arma nenhuma", declarou.

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