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Bolsonaro se pronuncia pela primeira vez após derrota na eleição

Foram quase 48 horas em silêncio após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas urnas

Da Redação

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Presidente Jair Bolsonaro se pronunciou ao lado de aliados no Palácio da Alvorada
Icone Camera Foto por Reprodução/CNN
Presidente Jair Bolsonaro se pronunciou ao lado de aliados no Palácio da Alvorada
Escrito por Da Redação
Publicado em 01.11.2022, 16:51:59 Editado em 01.11.2022, 17:19:29
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O presidente Jair Bolsonaro (PL), se pronunciou pela primeira vez na tarde desta terça-feira (1º), após perder a eleição presidencial para Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Com quase 48 horas em silêncio, Bolsonaro é o candidato a presidente que mais demorou a admitir derrota nas urnas.

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O pronunciamento foi feito no Palácio da Alvorada, em Brasília, onde mais cedo o presidente se reuniu com ministros.

- LEIA MAIS: Constituição não prevê 'poder moderador' do Exército, explica advogado

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Em seu discurso, Bolsonaro agradeceu os votos que recebeu - o segundo maior na história do país - e não contestou o resultado da eleição presidencial. O atual presidente defendeu manifestações pacíficas, fez ataques à esquerda e criticou atitudes como invasão de propriedade e cerceamento do direito de ir e vir.

Quero começar agradecendo os 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no último dia 30 de outubro. Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimentos de justiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas são sempre bem vindas. Mas nossos métodos não podem ser como os da esquerda"

- Jair Bolsonaro,
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Disse ainda que a robusta representação no Congresso Nacional mostra a força de seus aliados. "Formamos diversas lideranças pelo Brasil. Somos pela ordem e pelo progresso, mesmo enfrentando todo o sistema superamos uma pandemia e as consequências de uma guerra. Ao contrário de meus acusadores joguei dentro das quatro linhas da constituição. Nunca falei em controlar em censurar mídia e redes sociais".

Depois do pronunciamento de Bolsonaro - que não parabenizou Lula - o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), informou que o processo de transição de governo começará após ser formalizado o nome do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), como o coordenador do processo.

ELEIÇão e protestos

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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou o resultado das eleições às 19h57 do último domingo (30) que foi reconhecido pelos presidentes da Câmara, do Senado, do TSE e do STF, governadores, presidentes de outros países e entidades internacionais, como a ONU.

O petista obteve 60,3 milhões de votos e foi o presidente eleito mais votado da história com 50,9% dos votos. Bolsonaro recebeu 58,2 milhões de votos com 49,1%, uma diferença de 2,1 milhões de votos.

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O resultado da eleição provocou uma série de protestos com bloqueis de rodovias em 25 estados e no Distrito Federal por parte de apoiadores de Bolsonaro, contrários a vitória de Lula.

Nesta terça-feira (1º), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Alexandre de Moraes, reforçou em despacho a autorização ao uso de tropas da Polícia Militar pelos governadores de Estados para dar início à “imediata desobstrução de todas as vias públicas que ilicitamente estejam com seu trânsito interrompido”. A decisão leva em consideração a escalada de tensão no País.

“As Polícias Militares dos Estados possuem plenas atribuições constitucionais e legais para atuar em face desses ilícitos, independentemente do lugar em que ocorram, seja em espaços públicos e rodovias federais, estaduais ou municipais, com a adoção das medidas necessárias e suficientes, a critério das autoridades responsáveis dos Poderes Executivos Estaduais”, escreveu o ministro.

Moraes chamou as paralisações realizadas em todo o País de “movimento ilegal” e reforçou a autorização dada aos governadores para que adotem todas as medidas necessárias e “suficientes” para dar fim a essas manifestações. No despacho, o ministro escreveu que as informações disponíveis até o momento demonstram a existência de “risco à segurança pública em todo o território nacional”, inclusive por meio de crimes contra as “instituições democráticas”..

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