O ex-presidente Jair Bolsonaro pediu ao Supremo Tribunal Federal acesso aos depoimentos dos ex-comandantes do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, e da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Carlos Baptista Júnior, na Operação Tempus Veritatis - investigação sobre suposta tentativa de golpe de Estado. A defesa de Bolsonaro diz que os depoimentos dos militares são 'cruciais'.
Freire Gomes confirmou à PF a participação em reuniões, com a presença de Bolsonaro, nas quais foi discutida uma 'minuta de golpe'. Baptista Júnior também teria seguido a linha de depoimento do general. O brigadeiro se manifestou contra a ideia de golpe, deixando claro, nas reuniões, sua 'posição legalista'.
A solicitação de Bolsonaro foi encaminhada nesta quarta-feira, 6, ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator da investigação que coloca o ex-presidente no centro de uma trama golpista que envolveria até a prisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral.
A defesa de Bolsonaro - capitaneada pelos advogados Paulo Amador da Cunha Bueno e Fábio Wajngarten - argumenta que, desde que Moraes autorizou acesso aos autos da investigação, no dia 19 de fevereiro, houve 'significativo progresso' no inquérito.
"Nesse contexto, é indubitável que os termos de declarações de oitivas já realizadas constituem elementos já efetivamente documentados, tornando-se, assim, imperiosa a juntada dos aludidos termos a fim de garantir o acesso imediato a eles pela defesa", sustentam.
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