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Bolsonaro nega ter pedido apoio a Biden para enfrentar Lula

O presidente Jair Bolsonaro (PL) negou enfaticamente nesta quinta-feira, em transmissão ao vivo nas redes sociais, ter pedido apoio ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para enfrentar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa pelo

Iander Porcella e Eduardo Gayer (via Agência Estado)

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Escrito por Iander Porcella e Eduardo Gayer (via Agência Estado)
Publicado em 16.06.2022, 20:18:00 Editado em 16.06.2022, 22:39:21
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) negou enfaticamente nesta quinta-feira, em transmissão ao vivo nas redes sociais, ter pedido apoio ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para enfrentar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa pelo Palácio do Planalto neste ano, como noticiou a Bloomberg atribuindo a fontes da Casa Branca.

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"Irresponsabilidade por parte da mídia", declarou Bolsonaro sobre o suposto pedido de ajuda a Biden. "Você acha que eu tratei isso? Pelo amor de Deus. Segundo a imprensa, eu fui pedir apoio para o Biden. Pelo amor de Deus", afirmou, na transmissão ao vivo. Em seguida, ele picou uma folha de papel com a notícia impressa.

Bolsonaro e Biden tiveram a primeira reunião bilateral na semana passada às margens da Cúpula das Américas em Los Angeles, Estados Unidos. Na live de hoje, o presidente brasileiro classificou sua viagem oficial como um "sucesso".

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Líderes da oposição, como o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), chegaram a dizer ao longo da semana que se o pedido de ajuda de Bolsonaro a Biden for comprovado, trata-se de um caso passível de impeachment.

Petrobras - No dia em que foi convocada uma reunião do Conselho de Administração da Petrobras, o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, em transmissão ao vivo nas redes sociais, esperar que a estatal não reajuste os preços dos combustíveis, uma das principais preocupações de seu comitê de campanha à reeleição. "A gente espera que a Petrobras não faça maldade com o povo brasileiro", declarou o chefe do Executivo.

Bolsonaro voltou a dizer que o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, tenta trocar o comando da estatal. Ele afirmou esperar que o Conselho se reúna para tomar essa decisão, ou seja, trocar o presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, para facilitar assim a entrada de Caio Paes de Andrade, atual secretário de Desburocratização do Ministério da Economia, já indicado por Sachsida.

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O presidente também voltou a afirmar que a política de preços da estatal, com paridade internacional, não determina reajustes automáticos. "Não precisa quando aumenta o petróleo lá fora, o Brent, e o dólar aumenta aqui, ela não precisa imediatamente reajustar seus preços. Ela tem um prazo de vários meses para reajustar. E isso aí quem diz é a decisão do conselho lá atrás, quando se criou a PPI, no início do governo Temer", declarou Bolsonaro "Para mim e a equipe econômica, não interessa o lucro da Petrobras", emendou.

"Espero que a Petrobras não queira aumentar combustíveis nesses dias que estamos negociando com Parlamento", insistiu Bolsonaro, na transmissão ao vivo nas redes sociais.

Segundo Bolsonaro, um reajuste de preços da Petrobras agora, logo após a aprovação do teto de ICMS no Congresso, teria "interesse político" para atingir o governo. "A Petrobras já foi do Brasil, atualmente é dos funcionários e minoritários", afirmou o chefe do Executivo.

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Hoje, o presidente do Conselho de Administração da empresa, Márcio Weber, convocou uma reunião extraordinária, o que surpreendeu a alta cúpula da estatal. De acordo com fontes ouvidas pelo Broadcast, a diretoria da empresa deve decidir por um aumento nos preços dos combustíveis, após o entendimento de que o Conselho não pode interferir. Ainda não ficou claro se a diretoria levará à frente o plano de reajuste ainda esta semana ou na próxima.

O governo vem tentando convencer o presidente demissionário da Petrobras, José Mauro Coelho, a segurar os preços para que o teto de ICMS, aprovado ontem no Congresso com apoio do Palácio do Planalto, surta algum efeito nas bombas dos postos de abastecimento. "Eu só posso entender que um reajuste da Petrobras agora seria um interesse político para atingir o governo federal", disse o chefe do Executivo.

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"Até semana que vem a gente acerta diminuição do preço dos combustíveis", declarou Bolsonaro, ao falar do pacote de energia negociado entre o Planalto e o Congresso. O presidente voltou a dizer que as medidas devem reduzir o preço da gasolina em R$ 2 o litro e o do diesel, em até R$ 1 o litro.

Os cálculos do chefe do Executivo diferem, contudo, dos que foram apresentados pelo relator do teto de ICMS no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE). O parlamentar estimou um impacto de R$ 1,65 no litro da gasolina e de R$ 0,76 no do diesel.

Condolências - Depois de limitar-se a prestar condolências às famílias enlutadas no Twitter, o presidente Jair Bolsonaro voltou a comentar na noite desta quinta-feira o assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips. Em transmissão ao vivo nas redes sociais, o chefe do Executivo agora chamou o caso de "lamentável". "Esse caso lamentável onde os corpos apareceram, a gente queria que encontrasse vivas essas pessoas, mas apareceram os corpos do inglês e do brasileiro", afirmou.

Bolsonaro aproveitou a live para criticar o ex-presidente Lula (PT), seu principal adversário nas eleições deste ano. "Lula falando que caso eleito vai impor desmatamento zero na Amazônia. Desmatamento com Lula foi o dobro do meu governo", declarou o presidente, reconhecendo em seguida, no entanto, que ainda assim os números da devastação da Floresta Amazônica em sua gestão são elevados.

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