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Bolsonaro diz ser alvo de acusações graves e infundadas e volta a atacar urnas

Pouco depois de se tornar réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que é alvo de acusações "graves e infundadas". Bolsonaro também voltou a atacar as urnas eletrônicas, afirmando q

Gabriel de Sousa e Guilherme Caetano (via Agência Estado)

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Escrito por Gabriel de Sousa e Guilherme Caetano (via Agência Estado)
Publicado em 26.03.2025, 15:06:00 Editado em 26.03.2025, 15:12:11
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Pouco depois de se tornar réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que é alvo de acusações "graves e infundadas". Bolsonaro também voltou a atacar as urnas eletrônicas, afirmando que não é obrigado a confiar em um "programador".

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Segundo o ex-presidente, que junto a outros sete aliados se tornou réu após decisão unânime da Primeira Turma do STF, ele é acusado injustamente de liderar a trama golpista por defender o voto impresso e questionar o resultado das eleições de 2022.

"Eu espero, hoje, colocar um ponto final nisso aí. Parece que tem algo pessoal contra mim e as acusações são muito graves e são infundadas", afirmou Bolsonaro.

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Bolsonaro disse ainda que colaborou com a transição do governo após o fim das eleições. Segundo o ex-presidente, ele atuou para impedir obstrução de vias por caminhoneiros e pediu por manifestações ordeiras. O capitão reformado declarou ainda que não era obrigado a passar a faixa presidencial para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"Graças a Deus eu saí daqui no dia 30 de dezembro, porque eu não queria passar a faixa para um cara com um passado como o Lula tem. Não há crime nenhum em não passar faixa. Não está escrito que é proibido não passar a faixa", afirmou.

O ex-presidente também rebateu a denúncia da PGR que o acusou de ter convocado comandantes das Forças Armadas para consultá-los para uma eventual ruptura democrática por uma decretação de estado de sítio. Segundo o ex-presidente, um golpe jamais seria concretizado a partir de um mecanismo constitucional.

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"Nem atos preparatórios houveram para isso, se é que para você trabalhar com dispositivo constitucional é sinal de golpe. Golpe não tem lei, não tem norma. Golpe tem conspiração com a imprensa, o parlamento, setores do poder Judiciário, setores da economia, fora do Brasil. Forças Armadas em primeiro lugar, sociedade, empresários, agricultores. Aí você começa a gestar um hipotético golpe, nada disso houve", disse Bolsonaro.

Bolsonaro voltou a disparar acusações, sem provas, de fraudes no sistema eleitoral brasileiro. "Eu não sou obrigado a acreditar e confiar em um programador", afirmou. Ele também disse que Moraes "bota o que quer" nos processos judiciais relatados por ele: "Por isso os seus inquéritos são secretos ou confidenciais".

Por unanimidade, os cinco ministros da Primeira Turma do STF tornou Bolsonaro e outros sete aliados réus por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Os magistrados acompanharam o voto do relator Alexandre de Moraes, que aceitou, na íntegra, a denúncia feita pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet.

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Com a decisão, o ex-presidente e os demais denunciados se tornam réus em um processo penal por cinco crimes - organização criminosa armada, golpe de estado, tentativa de abolição violenta do estado democrático, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União. As penas em caso de condenação podem chegar a 43 anos de prisão.

Além de Bolsonaro, vão responder ao processo: Walter Braga Netto (ex-ministro da Defesa e Casa Civil), Augusto Heleno (ex-ministro do GSI), Alexandre Ramagem (deputado federal e ex-diretor da Abin), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa), Almir Garnier (ex-comandante da Marinha) e Mauro Cid (ex-ajudante de ordens de Bolsonaro).

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