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Bolsonaro diz que pode voltar a ser alvo da PF em meio a investigações

Alvo de investigações por fraudes no cartão de vacinação e na venda das joias sauditas, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta sexta-feira, 19, que a Polícia Federal (PF) pode voltar a cumprir mandados em suas residências. Segundo o ex-presiden

Rayanderson Guerra (via Agência Estado)

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Escrito por Rayanderson Guerra (via Agência Estado)
Publicado em 19.07.2024, 14:08:00 Editado em 19.07.2024, 14:30:48
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Alvo de investigações por fraudes no cartão de vacinação e na venda das joias sauditas, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta sexta-feira, 19, que a Polícia Federal (PF) pode voltar a cumprir mandados em suas residências. Segundo o ex-presidente, querem taxá-lo de "corrupto": "Vão tentar me esculachar".

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"Amanhã pode vir na porta da minha casa a Polícia Federal pela quarta vez, buscar cartão de vacina. Eu não me vacinei. Vai lá buscar meu passaporte. Vai tentar, cada vez mais, me achincalhar, me esculachar, mas não vão encontrar nada porque não tem", afirmou Bolsonaro em um trio elétrico ao lado do senador Flávio Bolsonaro e do pré-candidato à Prefeitura do Rio Alexandre Ramagem.

Em meio aos avanços da investigação sobre o monitoramento de opositores pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante a gestão bolsonarista, Bolsonaro voltou a investir na narrativa de perseguição. Segundo o ex-chefe do Executivo, "apesar das perseguições e das acusações, vale a pena não desistir do Brasil".

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"Eu poderia estar no EUA. Tinha proposta para ganhar 30 mil dólares", afirmou.

Nesta quinta, 18, Bolsonaro disse que Ramagem "paga um preço alto pela ousadia" de querer governar uma cidade como o Rio.

A reafirmação de apoio a Ramagem ocorre na semana em que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou o sigilo do áudio de uma reunião em que o ex-presidente, o general Augusto Heleno (então chefe do Gabinete de Segurança Institucional) e o ex-chefe Abin discutem um plano para anular o inquérito das "rachadinhas" - investigação que fechou o cerco a Flávio Bolsonaro, filho "01" do ex-chefe do Executivo.

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Desde que o caso veio à tona, o ex-presidente tem investido na narrativa de perseguição. Ontem, não foi diferente.

"Quando se fala em 2026, temos que passar por 2024. Todos aqueles que estão ao meu lado sofrem perseguição. Pagam um preço alto por ombrear-se comigo. Vocês sabem como somos perseguidos. Até baleia colocam na minha frente", discursou Bolsonaro a apoiadores em um ato na Tijuca, na zona norte.

Na quarta-feira, 17, Flávio Bolsonaro divulgou um vídeo nas redes sociais em que o pai anunciava os compromissos públicos no Rio ao lado de Ramagem nesta semana. A gravação de apoio põe fim às especulações sobre uma possível troca de candidato na disputa pela prefeitura do Rio nas eleições deste ano e é considerado uma vitória de Flávio, o principal articulador da campanha de Ramagem.

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O senador é tido como a ponte entre Ramagem e Bolsonaro e o principal defensor da candidatura do aliado. Como mostrou o Estadão, o ex-presidente se irritou com Ramagem após a informação de que a Polícia Federal encontrou o áudio da reunião, mas que o PL pretendia manter a candidatura de Ramagem mesmo com o avanço das investigações que apuram um suposto esquema de espionagem ilegal na Abin.

Bolsonaro diz que Haddad quer taxar o PIX

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O ex-presidente voltou a investir no discurso de campanha, com acenos a setores da segurança pública, evangélicos e com ataques ao PT. Nos dois atos na capital fluminense, Bolsonaro e aliados entoaram discursos contra a legalização do aborto, a descriminalização das drogas e a favor das escolas cívico-militares.

"O Nordeste era pra ser a melhor região do País. O PT está há 20 anos no Nordeste. Qual o melhor Estado do Brasil: Santa Catarina. O PT nunca passou por lá. Onde o PT está tem a desgraça. O atual prefeito (Eduardo Paes) vive de abraços com o Lula. Vai piorar", afirmou.

O ex-chefe do Executivo alfinetou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). De acordo com Bolsonaro, ele pretende "taxar o Pix".

"Na nossa política econômica atendemos a todos. O Pix passou a ser realidade. Se fosse esse governo, ele tinha negado. Está faltando o Haddad taxar o Pix. Depois de taxar as blusinhas, ele (Haddad) quer taxar o Pix", disse.

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