O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participou de um vídeo ao lado do deputado federal Zucco (PL-RS), em que condena as alianças firmadas entre seu partido e legendas de esquerda em alguns municípios visando as eleições deste ano. Bolsonaro afirmou que essas coligações contrariam os princípios do grupo político e precisam " deixar de existir".
Para o ex-mandatário, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, não tem qualquer responsabilidade sobre as alianças entre espectros políticos contraditórias. "O meu acordo, tudo o que eu acertei lá atrás com o presidente do partido, o Valdemar, está sendo cumprido. Agora, o que acontece? Nós vamos ter mais de 2 mil candidatos a prefeito pelo Brasil e também centenas de candidatos a vereador. Em alguns municípios estão aparecendo agora, como se estivessem incubadas, o PL se coligando com partidos como o PT, PCdoB e PSOL", disse Bolsonaro.
Por isso, ele pede que os políticos municipais desfaçam os acordos com a esquerda e sigam as orientações do partido. "Quero dizer a vocês que, já acertado, como lá atrás, estamos fazendo cumprir agora que essas coligações têm que deixar de existir. O que é mais grave? Mesmo deixando de existir, fica essa mácula dessas pessoas que estavam pensando apenas nelas para chegar ao poder e que se exploda o resto", disse.
Bolsonaro ainda alertou que ele deve apoiar candidaturas adversárias em municípios onde não for possível desfazer as coligações entre o PL e legendas de esquerda. "Já está definindo que nós estamos, além de desfazendo isso aí onde foi feito, você eleitor fica ligado, onde não for possível desfazer, nós vamos fazer campanha para o outro lado. Ver um bom candidato de outro partido e fazer campanha nesse sentido", alertou.
Também o PL Mulher, que é uma ala do Partido Liberal comandada pela ex-primeira-dama do Brasil Michelle Bolsonaro, divulgou uma nota oficial nesta quarta-feira, 31, proibindo qualquer tipo de aliança com legendas de esquerda.
As razões para essa decisão são óbvias. Para exemplificar, basta ver o que está acontecendo na Venezuela e quais partidos brasileiros estão se manifestando favoráveis àquele regime ditatorial. Não queremos que o Brasil tenha esse mesmo destino!", disse o comunicado. A primeira-dama ainda anunciou um canal oficial para receber "denúncias" de coligação entre as duas legendas.
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