Na maioria das sete capitais do Norte, os favoritos têm apoio dos governantes no cargo ou são ligados ao bolsonarismo. Nomes ligados ao PT têm dificuldade até para chegar ao segundo turno. Em quatro cidades, há indicação de favoritismo dos atuais prefeitos: Manaus (AM), Rio Branco (AC), Boa Vista (RR) e Macapá (AP).
Em Manaus, na busca pela reeleição, o prefeito David Almeida (Avante) aparece com 36% dos votos válidos em pesquisa Quaest divulgada ontem, à frente de Alberto Neto (PL), com 21%.
Em Rio Branco, Tião Bocalom (PL) tem 58% dos votos válidos, depois de uma campanha que recebeu apoio da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Seu principal adversário é Marcus Alexandre (MDB), que se desfiliou do PT, e que pela pesquisa tem 32% das intenções de voto.
Em Boa Vista, o prefeito Arthur Henrique (MDB) deve conseguir a reeleição ainda em 1.º turno. Ele tem 72% dos votos válidos, segunda a Quaest. Mas o que chamou a atenção foi a briga no União. A deputada estadual Catarina Guerra, em segundo lugar nas pesquisas, com 25%, teve de obter na Justiça a candidatura do partido, na disputa com o deputado federal Antonio Carlos Nicoletti.
Em Macapá, a eleição já marca a derrota do senador Davi Alcolumbre (União). Ele não conseguiu emplacar o irmão, Josiel Alcolumbre (União), como oposição ao atual prefeito, Dr. Furlan (MDB).
Porto Velho (RO) tem o prefeito Hildon Chaves (PSDB) trabalhando para eleger a sucessora, a ex-deputada federal Mariana Carvalho (União). Pela pesquisa Quaest, ela aparece com 52% dos votos válidos, seguida por Léo (Podemos), com 22%. No Estado considerado um dos mais bolsonaristas, o candidato Célio Lopes (PDT) - em quarto lugar na sondagem, com 10% - tentou "esconder" a relação com os petistas na campanha.
BELÉM
Só Belém (PA) apresenta cenário diferenciado. Lá, o único prefeito do PSOL em capitais, Edmilson Rodrigues, é mal avaliado e pode perder a reeleição. Ele tem 13% das intenções de voto. A disputa tem favoritismo do candidato do clã Barbalho, o deputado estadual Igor Normando (MDB), com 43%. Ele tem o apoio do governador, Helder Barbalho, do senador Jader Barbalho e do ministro Jader Filho, das Cidades.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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