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Bispo licenciado da Universal assume Prefeitura de SP durante viagem de Nunes ao Vaticano

A ausência de um vice-prefeito e a regra eleitoral que impede um candidato de ocupar o cargo no Executivo seis meses antes do primeiro turno resultou em um impasse na linha sucessória do poder na cidade de São Paulo. Na próxima segunda-feira, 13, o prefei

Redação O Estado de S. Paulo (via Agência Estado)

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Escrito por Redação O Estado de S. Paulo (via Agência Estado)
Publicado em 10.05.2024, 10:35:00 Editado em 10.05.2024, 10:38:42
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A ausência de um vice-prefeito e a regra eleitoral que impede um candidato de ocupar o cargo no Executivo seis meses antes do primeiro turno resultou em um impasse na linha sucessória do poder na cidade de São Paulo. Na próxima segunda-feira, 13, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) viaja para o Vaticano, onde deve permanecer por cinco dias. A saída motivou uma dança das cadeiras na Câmara Municipal e jogou a responsabilidade no colo de um parlamentar que não disputa a reeleição em outubro.

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Atílio Francisco (Republicanos), bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus e vereador por seis mandatos consecutivos, será o responsável por administrar a cidade enquanto o prefeito participa de uma conferência sobre mudanças climáticas com governantes de outras cidades no enclave que abriga a sede da Igreja Católica. Nunes também pretende encontrar pessoalmente o Papa Francisco no dia 16, aniversário da morte de seu antecessor, Bruno Covas, vítima de câncer em 2021.

Natural de São Caetano do Sul, Atílio Francisco, de 72 anos, se apresenta como projetista e teólogo. Enquanto ainda atuava na Universal, o vereador liderou associações beneficentes ligadas à denominação evangélica. Exerce o cargo de vereador em São Paulo desde 2001, tendo obtido 35.345 votos na eleição mais recente. Ele também foi, por três vezes, relator do orçamento da cidade, nas gestões tucanas de João Doria e Bruno Covas. Procurado pelo Estadão para falar sobre a missão de assumir a Prefeitura, ele não se manifestou.

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O vereador assume a Prefeitura na condição de 2º vice-presidente da Câmara, eleito em dezembro do ano passado. Isso porque tanto o presidente do Legislativo municipal, Milton Leite (União Brasil) quanto o 1º vice-presidente da Casa, João Jorge (MDB), pretendem concorrer nas eleições e estarão de licença dos mandatos para não precisarem assumir interinamente a Prefeitura.

Leite, que pediu licença entre os dias 9 e 17 de maio para "tratar de interesses particulares", diz que não será candidato a vereador, mas se coloca como opção para compor a chapa de Nunes como vice em outubro. Jorge, por sua vez, pretende concorrer novamente ao cargo e deixa o País no domingo, 12, rumo a Bogotá, na Colômbia, onde pretende conhecer o modelo de transporte de ônibus BRT junto com um técnico da SPTrans.

Petista assume comando da Câmara de SP

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Outra consequência da ida do prefeito ao Vaticano é que a Câmara Municipal de São Paulo passa a ser presidida por um vereador de oposição. Alessandro Guedes (PT), atual 1º secretário da mesa diretora, exercerá o cargo na próxima semana. Membro do PT desde 1997, Guedes é vereador por dois mandatos e recebeu 31.124 votos ao ser reeleito, em 2020.

Auxiliares do vereador dizem que a passagem deve ser protocolar. Fábio Riva (MDB), líder do governo, também minimizou o fato de o comando da Casa ficar com a oposição por uma semana. "Não muda nada, inclusive na quarta-feira vamos votar um projeto do Executivo que cria as escolas de idiomas", declarou. Em princípio, este será o único projeto da pauta.

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