O Brasil está enfrentando uma crise e, diante dos vários problemas econômicos que o país têm, o ministro da Economia, Paulo Guedes, pode "rodar". O presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, disse que irá manter o ministro no cargo, porém, dois interlocutores do presidente estiveram recentemente em São Paulo sondando um nome para substituir o chefe da equipe econômica. Os interlocutores tinham o aval do presidente para realizar a sondagem.
Segundo assessores próximos ao presidente Bolsonaro, é necessário listar nomes de pessoas que possam ocupar o cargo de Guedes. Além disso, existem dois motivos para isso: o primeiro é que o ministro pode, a qualquer momento, pedir demissão e o segundo é referente a uma ala do governo que tenta convencer o presidente a trocar Paulo Guedes, com o argumento de que o chefe da equipe econômica não estaria entregando o que prometeu.
Guedes afirmou na última semana que deseja ficar no governo, mas admitiu que sua permanência tem um limite. Caso fosse obrigado a tomar medidas que colocassem em risco a responsabilidade fiscal, ele não teria condições de seguir no posto.
Agora, Guedes tem ajustado seu discurso, dizendo que o governo precisa amparar famílias que ainda estão em situação de vulnerabilidade por causa da pandemia de Covid. E defendeu a decisão do presidente da República de elevar para R$ 400 o benefício do Auxílio Brasil, que a equipe econômica defendia que ficasse em R$ 300, exatamente para se encaixar dentro do teto dos gastos públicos.
Ministério da Economia
Quatro secretários do Ministério da Economia decidiram deixar seus cargos diante da estratégia do governo de mudar as regras do teto dos gastos públicos para abrir espaço para o aumento do Auxílio Brasil e também para outras despesas, como o auxílio a caminhoneiros.
Na avaliação desses secretários, entre eles o principal da equipe de Paulo Guedes, o secretário Especial de Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, o governo sinaliza um descompromisso com a responsabilidade fiscal, tirando totalmente a credibilidade da política econômica.
Esses secretários não são contra o aumento do valor do Auxílio Brasil, mas defendem que a medida deveria ser adotada com cortes de gastos, e não com aumento do endividamento público.
Fonte: Valdo Cruz, G1.
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