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'As mulheres não foram invisíveis, foram invisibilizadas', diz Cármen Lúcia

Segunda mulher a assumir uma cadeira na história do Supremo Tribunal Federal (STF), a ministra Cármen Lúcia disse na noite desta terça-feira, 8, que o preconceito de gênero ainda afasta as mulheres das posições de poder."Nós mulheres já não queremos apena

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 08.03.2022, 22:01:00 Editado em 08.03.2022, 22:08:34
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Segunda mulher a assumir uma cadeira na história do Supremo Tribunal Federal (STF), a ministra Cármen Lúcia disse na noite desta terça-feira, 8, que o preconceito de gênero ainda afasta as mulheres das posições de poder.

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"Nós mulheres já não queremos apenas ser representadas, nós queremos nos apresentar, estar presentes nos espaços públicos", afirmou no seminário Mulheres que fazem o impossível ser possível. "Nós somos a maioria da população brasileira, somos a maioria dos eleitores, mas temos menos de 20% de representação no Legislativo e apenas uma governadora entre os 27."

O evento em comemoração ao Dia Internacional da Mulher é promovido pela secional da Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo (OAB-SP), que pela primeira vez desde a sua criação tem uma presidente mulher, a criminalista Patrícia Vanzolini.

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Para a ministra, ainda é preciso uma grande transformação social capaz de abrir espaço para a participação feminina.

"Há uma invisibilidade pelas mulheres que são exatamente comportadas - aquelas que não se submetem, para aparecer, a padrões ou de beleza, ou de comportamento, segundo aquilo que foi ditado para elas e não por escolha própria. É preciso que a gente tenha transformação para que todas as mulheres tenham a visibilidade para se mostrarem", defendeu.

Aos ouvintes, Cármen Lúcia pregou que as mulheres assumam cargos estratégicos ao invés de terceirizar a representação feminina.

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"Há poucos dias atrás no Supremo um colega dizia: Eu sei o que vocês querem, referente às mulheres. Eu disse: Não. Eu não quero nada sobre mim que não seja por mim mesma. Eu quero que saibam o que sinto, o que penso, e eu sei falar sobre isso. Nós não precisamos mais de uma representação permanente de grupos que podem até, política e ideologicamente nos representar, mas que ao invés de nos representar, nos substituem, como foi historicamente. Chegam aos cargos de poder e acham que sabem mais do que a gente o que a gente quer", afirmou.

Em seu discurso, a ministra também lembrou o apagamento das mulheres ao longo da história e destacou que o preconceito de gênero é maior em relação a mulheres negas e pobres.

"As mulheres não foram invisíveis, foram invisibilizadas. Não são silenciosas historicamente, foram silenciadas por uma construção da sociedade, do poder público, do poder econômico que deixava as mulheres terem o seu lugar definido. (…) O lugar da mulher é em qualquer lugar que ela queira, em que ela realize a sua vocação e o seu talento em benefício de todos", pregou.

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