MAIS LIDAS
VER TODOS

Política

Araújo diz que Bolsonaro falou de Pfizer em reunião ministerial neste ano

Depois de se contradizer em relação às demandas do presidente Jair Bolsonaro na pandemia, o ex-chanceler Ernesto Araújo disse em depoimento à CPI da Covid que, nas reuniões ministeriais dais quais participou, a compra de vacinas para a covid-19 não era di

Da Redação

·
Escrito por Da Redação
Publicado em 18.05.2021, 16:17:00 Editado em 18.05.2021, 16:22:38
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

Depois de se contradizer em relação às demandas do presidente Jair Bolsonaro na pandemia, o ex-chanceler Ernesto Araújo disse em depoimento à CPI da Covid que, nas reuniões ministeriais dais quais participou, a compra de vacinas para a covid-19 não era discutida especificamente. A exceção foi o encontro que ocorreu em fevereiro ou março deste ano, quando se teria debatido o contato de Bolsonaro com a Pfizer. "Com exceção em março ou fim de fevereiro onde se decidiu que o presidente faria contato com presidente da Pfizer para obtenção da vacina da Pfizer. Foi reunião onde o presidente disse 'sim, quero falar com o presidente da Pfizer'", relatou Araújo.

continua após publicidade

Os senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) destacaram a demora do assunto vir à tona nas reuniões ministeriais, lembrando que a farmacêutica enviou carta a Bolsonaro em setembro do ano passado falando de uma oferta feita ao Ministério da Saúde que continuava sem resposta.

"Em diferentes reuniões ministeriais, surgiu o tema da covid. O presidente falava das preocupações com a pandemia, diferentes aspectos, inclusive aspecto econômico, de saúde, vacinas, mas orientações específicas para atuação do Itamaraty, negociações, vinham do Ministério da Saúde", disse Araújo.

continua após publicidade

O ex-chanceler ainda rejeitou o entendimento de que agressões feitas pelo presidente Jair Bolsonaro a outras nações teriam prejudicado as relações externas do Brasil. A questão foi colocada pelo senador Alessandro Vieira. Para Araújo, os prejuízos à imagem do País no exterior são resultado de interpretações internas "equivocadas" que procuram "criar imagem de ameaça à democracia no Brasil".

"Também de que haveria política de afrontamento aos direitos humanos, que é falso, e que haveria uma política deliberada de destruição ambiental. Isso com base em interpretações equivocadas que conduziram a um problema de imagem no exterior, e não falas do presidente da República", completou Araújo, segundo quem a pandemia tem sido usada em alguns casos como pretexto para que se ataque as liberdades no Brasil e no mundo.

Vieira também questionou o ex-chanceler sobre uma afirmação feita em janeiro deste ano, de que "a biopolítica do 'fique em casa' talvez esteja ajudando o narcotráfico". "Estou falando do pretexto da pandemia para determinadas atitudes do controle social. Pudemos observar, aconteceu em alguns lugares do Brasil, durante a pandemia houve aumento de criminalidade. Pretexto do uso da pandemia para cercear determinadas atividades de combate ao crime, me parece que isso esteve presente", respondeu Araújo, que esteve à frente do Ministério das Relações Exteriores até março deste ano.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Política

    Deixe seu comentário sobre: "Araújo diz que Bolsonaro falou de Pfizer em reunião ministerial neste ano"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!