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Após oficializar chapa, PT busca PSB para resolver impasses em alianças estaduais

Na manhã seguinte à votação que endossou com 94% dos votos a chapa Lula-Alckmin à Presidência da República, conflitos entre o PT e o PSB em alianças regionais prevaleceram na Convenção do PT e da federação com o PV e o PC do B realizada nesta quinta-feira

Luiz Vassallo e Beatriz Bulla; colaboraram Matheus de Souza e Giordanna Neves (via Agência Estado)

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Escrito por Luiz Vassallo e Beatriz Bulla; colaboraram Matheus de Souza e Giordanna Neves (via Agência Estado)
Publicado em 21.07.2022, 14:50:00 Editado em 21.07.2022, 14:56:09
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Na manhã seguinte à votação que endossou com 94% dos votos a chapa Lula-Alckmin à Presidência da República, conflitos entre o PT e o PSB em alianças regionais prevaleceram na Convenção do PT e da federação com o PV e o PC do B realizada nesta quinta-feira, 21, em São Paulo.

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No centro das divergências entre os partidos está o anúncio do PSB no Rio de que vai manter a candidatura do deputado federal Alessandro Molon (PSB) ao Senado. Para lideranças petistas, a legenda descumpriu o acordo de retirar a candidatura para apoiar o presidente da Assembleia Legislativa do Rio, André Ceciliano (PT) ao Senado.

Dirigente do PT no Rio, Washington Quaquá compareceu, nesta quinta-feira, em um hotel no centro de São Paulo, local da convenção, afirmando que levaria um recurso à Executiva Nacional do partido. A reivindicação é endossada pelo secretário nacional de Comunicação da legenda, Jilmar Tatto.

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Uma ala do PT no Rio de Janeiro, inclusive, iniciou uma mobilização para retirar apoio ao pré-candidato ao Executivo fluminense Marcelo Freixo (PSB). Questionado sobre a possibilidade de ter dois candidatos ao Senado na chapa, como já avalizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o líder classificou o cenário como "vergonhoso para o PT". A convenção estadual, que ocorreria na próxima segunda-feira, 25, foi adiada até que este impasse seja resolvido.

Além da retirada de apoio, Quaquá ponderou que o PT pode se aliar à chapa de Rodrigo Neves (PDT), pré-candidato ao governo, e Felipe Santa Cruz (PSD), que deve ocupar a vice. Segundo o líder, a chapa Freixo-Molon prejudica a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Rio de Janeiro por estreitar a base de apoio do petista à capital carioca e às áreas mais ricas da cidade.

"O Rio de Janeiro não é Sergipe, com todo o respeito a Sergipe, mas são mais de 10 milhões de eleitores, é um Estado central. Um erro de estreitamento da campanha do Lula no Rio pode significar a vitória ou não no primeiro turno, então precisa tratar o Rio com mais cuidado", afirmou.

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As divergências no Rio Grande do Sul também estão neste debate. O PT lançou a pré-candidatura do deputado estadual Edegar Pretto, enquanto o PSB aposta no ex-deputado federal Beto Albuquerque.

Apesar de levadas à convenção desta quinta-feira, 21, estas divergências foram objeto de um pedido de destaque, para que sejam discutidas antes pelo próprio PT em uma reunião a ser marcada na semana que vem. Mesmo com a maioria dos impasses estaduais entre PT e PSB solucionados, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, não descartou a possibilidade de as siglas apadrinharem projetos diferentes em determinados Estados. Segundo Gleisi, os partidos ainda têm até o dia 5 de agosto para fechar todas as convenções estaduais.

Sobre a possibilidade de as reuniões terminarem sem a dissolução de impasses, Gleisi admitiu que existe esta chance, mas ponderou "nós temos ainda tempo para discutir isso, sou daquelas pessoas que sou otimista".

Na quarta-feira, o PT aprovou por 94% dos votos a chapa Lula-Alckmin na disputa pela Presidência da República. O encontro em São Paulo reuniu lideranças do partido, mas não teve a presença do ex-presidente, nem de seu candidato a vice, que cumprem agenda em Pernambuco. Ambos fizeram acenos ao PSB local, que tem cobrado petistas por mais presença no Estado, onde os partidos têm um acordo em torno da candidatura do deputado Danillo Cabral (PSB) ao governo.

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