A ministra Rosa Weber, presidente do Supremo , lamentou o número 'ínfimo' de mulheres nos tribunais superiores e na própria Corte máxima nesta quinta, 1º, horas depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmar a indicação do advogado Cristiano Zanin Martins ao Tribunal. A declaração se deu durante o encontro da magistrada com o presidente da Finlândia Sauli Niinistö, durante o intervalo da sessão plenária do STF.
A magistrada comentava sobre a participação das mulheres na base da magistratura, em primeira instância. Em seguida, ponderou: "O número decresce nos tribunais intermédiarios, de segundo grau. Mas na cúpula, nos órgãos de cúpula, no Supremo Tribunal Federal e nos tribunais superiores, o número de mulheres é ínfimo".
A ministra chegou a questionar o presidente finlandês sobre a participação de mulheres no Judiciário daquele País. Niinistö disse que, dos 18 integrantes da Corte Suprema do país, seis são mulheres. Segundo ele, o número de magistradas começou a crescer na Finlândia a partir de 1980.
Zanin foi indicado por Lula para ocupar a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal com a aposentadoria do ministro Ricardo Lewandowski. O petista ainda vai fazer uma segunda indicação ao STF, também neste ano, justamente para a cadeira da ministra Rosa Weber. Ela se aposenta em setembro, quando completa 75 anos.
A pressão para a nomeação de uma mulher ao STF já havia crescido com a saída de Lewandowski da Corte, mas deve se intensificar até a aposentadoria de Rosa. A ministra é a terceira mulher a integrar o Tribunal e a eventual nomeação de um homem à sua cadeira deixaria a ministra Cármen Lúcia sozinha no Supremo.
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