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Após fala machista, Lula agora promete ‘guerra’ à violência contra a mulher

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse na manhã deste sábado (20) que pretende dar início a uma "guerra" para combater a violência contra a mulher. A declaração do petista foi dada durante a Convenção do PT em São Bernardo do Campo (SP), municí

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Publicado em 20.07.2024, 15:58:00 Editado em 20.07.2024, 16:01:56
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse na manhã deste sábado (20) que pretende dar início a uma "guerra" para combater a violência contra a mulher. A declaração do petista foi dada durante a Convenção do PT em São Bernardo do Campo (SP), município que é considerado um dos berços do petismo e onde a legenda lançará o deputado estadual Luiz Fernando (PT-SP) como candidato a prefeito. A fala de Lula é uma resposta às críticas que o petista tem recebido nos últimos dias, após uma fala machista na terça-feira (16).

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"Tem aumentado muito a violência, a violência contra a mulher é muito grande. E nós vamos fazer uma guerra. Vamos fazer uma guerra", afirmou Lula em São Bernardo. Segundo o presidente, ele aprendeu com a própria mãe, Dona Lindu, que homens não devem agredir mulheres. "Ao invés de levantar a mão para bater numa mulher, bate na sua própria cara", disse.

Durante o evento, o presidente da República não detalhou quais medidas concretas tomará para enfrentar o problema, mas disse que a qualificação profissional é uma forma das mulheres se libertarem da dependência econômica de maridos abusivos.

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Dados do Anuário de Segurança Pública divulgado esta semana mostram que as ocorrências de violência doméstica contra mulheres cresceram 9,8% em 2023, em relação ao ano anterior - ao todo, 258.941 mulheres relataram problemas deste tipo no ano passado. As informações do relatório são compiladas pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, uma ONG. Já as tentativas de homicídio contra mulheres aumentaram 9,2% em 2023 - foram 8.372 casos no ano passado, o primeiro do terceiro mandato de Lula. Na maioria dos casos, os agressores são o parceiro (63%) ou o ex-parceiro (21,2%).

Na última terça-feira (16), Lula fez uma fala percebida como machista durante um encontro com ministros e empresários do setor alimentício. "Hoje, eu fiquei sabendo de uma notícia triste, eu fiquei sabendo que tem pesquisa, Haddad, que mostra que, depois de jogo de futebol, aumenta a violência contra a mulher. Inacreditável. Se o cara é corintiano, tudo bem", disse Lula, aludindo à má fase vivida pelo Corinthians, time para o qual torce.

"Mas eu não fico nervoso quando perco, eu lamento profundamente. Então, eu queria dar os parabéns às mulheres que estão aqui", completou ele em seguida.

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Terceiro mandato coleciona falas politicamente incorretas

Ao longo de seu terceiro mandato, Lula tem sido alvo de críticas após falas percebidas como machistas ou racistas por parte de seus eleitores.

No fim de junho, por exemplo, o petista disse que era "difícil" encontrar mulheres e negros qualificados para assumir postos no governo. "Esse é um problema crônico que eu discuto todo dia com a Janja. Como a mulher não teve uma participação ativa durante muito tempo, fica mais difícil você encontrar mulher para determinados cargos, e também fica mais difícil você encontrar negros para determinados cargos", disse ele, em entrevista ao portal UOL.

Em abril, ao anunciar medidas de socorro para o Rio Grande do Sul em decorrência das chuvas, Lula disse que a máquina de lavar roupa "é uma coisa muito importante para as mulheres". "Muita gente acha que uma televisão é uma pequena coisa, que não tem muita importância. Mas, para uma pessoa mais humilde, a televisão é um patrimônio. O fogão é um baita de um patrimônio. A geladeira, então, nem se fala. E uma máquina de lavar roupa é uma coisa muito importante para as mulheres que estão sobrevivendo a um verdadeiro sofrimento e martírio com essa chuva", disse.

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