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Após derrubada de PEC, Bolsonaro diz que resultado eleições não será confiável

Um dia após ser derrotado em votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso no plenário da Câmara dos Deputados, o presidente Jair Bolsonaro continua colocando em xeque a segurança das eleições 2022, sob argumento de que o resultado i

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 11.08.2021, 10:37:00 Editado em 11.08.2021, 10:44:19
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Um dia após ser derrotado em votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso no plenário da Câmara dos Deputados, o presidente Jair Bolsonaro continua colocando em xeque a segurança das eleições 2022, sob argumento de que o resultado indica desconfiança de parte do Parlamento sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas. "Hoje em dia sinalizamos para uma eleição, não que está dividida, mas que não vai se confiar nos resultados da apuração'', disse o presidente a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, na manhã desta quarta-feira.

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Com rejeição da maioria dos deputados, a PEC do voto impresso foi derrubada pelo plenário da Câmara nesta terça-feira. Foram 218 votos pelo seu arquivamento e 229 votos favoráveis. Para que ela fosse aprovada, seria necessário o apoio de, no mínimo, 308 deputados. A Casa tem 513 deputados, mas o quórum, contando com o presidente Arthur Lira (PP-AL) foi de 449 deputados. Essa foi a terceira derrota do Palácio do Planalto nessa matéria na Câmara. Antes, já tinha sido rejeitada em duas votações na comissão especial na semana passada.

Votação 'dividida'

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Bolsonaro, contudo, se disse "feliz" com o Parlamento brasileiro, pois entende que foi uma votação "dividida" e que muitos deputados não puderam expressar, de fato, seus posicionamentos e dúvidas sobre o sistema eleitoral porque "foram chantageados". Segundo ele, dos votos que foram contra, "tirando PT, PCdoB e PSOL, que para eles é melhor o voto eletrônico", "muita gente votou preocupada". Na análise do chefe do Executivo, ainda, as abstenções, numa votação virtual, expressam o medo de retaliação por parte das legendas.

"Metade do Parlamento que votou sim ontem quer eleições limpas; outra metade, não é que não queira, ficou preocupada em ser retalhada", pontuou. Bolsonaro, então, deu um "recado para todo mundo": "A maioria da população está conosco, está com a verdade".

O presidente agradeceu ao Parlamento, que, segundo ele, "deu um grande recado ao Brasil", e projetou maior apoio à implementação do voto impresso no futuro. Para o chefe do Executivo, o resultado indica que metade do Legislativo, "não acredita 100% na lisura dos trabalhos do TSE". Após a votação, o presidente da Câmara, Arthur Lira, fez um apelo para que os envolvidos no debate sobre o sistema eleitoral adotem tom moderado. Bolsonaro havia se comprometido a aceitar a decisão dos parlamentares, mas na segunda-feira havia afirmou que "há outros mecanismos para a gente colaborar para que não haja suspeitas", em conversa com apoiadores em seu retorno ao Palácio da Alvorada.

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Mesmo com a derrota, o chefe do Executivo voltou a apresentar a tese de que um grupo de hackers, ou um hacker, teve acesso às chaves criptografadas das urnas eletrônicas e acusou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de acobertar a invasão. "Se nós vivemos numa democracia e é difícil lutar enquanto tem liberdade, quando vocês (população) perderem a liberdade, vai ser difícil lutar".

Bolsonaro ainda disse aos apoiadores: "Eu perguntaria, agora aqueles que estão trabalhando por interesses pessoais, não são interesses do Brasil, se eles querem enfrentar uma eleição do ano que vem com a mácula da desconfiança, que não é de agora. E eu tenho a certeza que esse pessoal que votou ontem, cada vez mais, teremos mais gente a nosso favor."

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