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Anistia neste momento é estimular impunidade, diz ministro Paulo Pimenta

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, falou contra anistiar envolvidos nos atos golpistas do 8 de janeiro e o que tratou como suas derivações, a exemplo do ataque ao STF na última quarta-feira, 13. "Anistia nesse momento é estimula

Gabriel Vasconcelos (via Agência Estado)

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Escrito por Gabriel Vasconcelos (via Agência Estado)
Publicado em 15.11.2024, 11:53:00 Editado em 15.11.2024, 11:59:14
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O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, falou contra anistiar envolvidos nos atos golpistas do 8 de janeiro e o que tratou como suas derivações, a exemplo do ataque ao STF na última quarta-feira, 13. "Anistia nesse momento é estimular impunidade. E a impunidade é o fermento do terror que assistimos nesta semana. Sou contra qualquer debate sobre anistia aos envolvidos no 8 de janeiro", afirmou.

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"Quem atenta contra a democracia não vai contar com nenhum tipo de impunidade nesse País", continuou o ministro. Ele falou a jornalistas durante evento paralelo ao G20, no Rio de Janeiro.

Investigações

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Pimenta disse que as investigações sobre o ataque ao STF estão caminhando rápido e que, no momento, o mais importante é saber se o responsável, que morreu, tinha "conexões". "Ele possivelmente tinha uma retaguarda", sugeriu o ministro por mais de uma vez.

O homem, disse Pimenta, teria agido de forma premeditada, o que estaria sendo corroborado por uma série de descobertas recentes dos investigadores, como o aluguel de um trailer na praça dos três poderes; artefatos enterrados nas proximidades; a bomba deixadas em uma das gavetas de seu quarto; as inscrições no espelho da casa; e postagens em redes sociais.

"Por isso não temos que tratar como fato isolado, mas como parte do momento do País", afirmou. Ele mencionou que o investigado da vez esteve acampado em frente a quartéis em janeiro.

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O ministro disse descartar a tese de suicídio, no que citou as imagens de câmeras de seguranças e disse que o Brasil terá de tratar desse tipo de episódio cada vez mais como atos de terrorismo.

Lula

Questionado sobre o fato de Lula não estar comentando o episódio, Pimenta disse que o Presidente "está falando" por meio da Polícia Federal e outros órgãos. Ele garantiu que a agenda de Lula não vai mudar em função do atentado, até como demonstração de que essas investidas não vão perturbar a vida democrática.

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Na avaliação do ministro, um dos objetivos do ataque era trazer instabilidade à realização do G20 e a chegada de outros líderes ao Brasil.

Inquéritos

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Ele também afirmou que os inquéritos sobre atos antidemocráticos estão "se encaminhando para conclusão" e disse que, possivelmente, as investigações vão apontar as ligações com financiadores.

Contas públicas

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, garantiu que os ajustes na conta do governo serão realizados e disse que o presidente Lula está conversando com todos os ministros da Esplanada sobre os ajustes pretendidos nos gastos públicos.

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Pimenta disse que Lula é governante experiente e entende ser importante fazer ajustes para manter o atual ritmo de crescimento do PIB e preservar os empregos gerados nos primeiros dois anos do governo.

"Os ajustes que têm de ser feitos serão feitos", disse Paulo Pimenta a jornalistas durante o G20, no Rio de Janeiro. Questionado sobre uma data para o anúncio, ele não deu detalhes, mas sugeriu que vai acontecer em breve.

Trump

Questionado sobre possíveis ruídos nas relações entre Brasil e Estados Unidos após a eleição de Donald Trump, Pimenta minimizou e disse que Lula já governou o Brasil em paralelo a diversos presidentes americanos sem maiores problemas.

"Não vejo problema nenhum com Trump, é uma relação de Estado. Vamos manter a relação que temos com os Estados Unidos. O importante é conversar", disse.

Em seguida, porém, Pimenta afirmou que o Brasil busca novos parceiros econômicos e que membros do governo terão uma profusão de reuniões bilaterais durante o G20. Nesse ponto, ele citou especificamente a Arábia Saudita e Emirados Árabes, mas disse que haverá encontros com autoridades de países cujas relações com o Brasil são mais tradicionais, como os próprios EUA e a França.

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