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Alesp: deputados articulam acordo que poupa Cury, acusado de assédio, de cassação

O deputado estadual Fernando Cury (Cidadania) depõe nesta quarta-feira, 24, ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) sobre o caso em que é acusado de assediar sua colega, a parlamentar Isa Penna (P

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 24.02.2021, 13:41:00 Editado em 24.02.2021, 13:47:15
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O deputado estadual Fernando Cury (Cidadania) depõe nesta quarta-feira, 24, ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) sobre o caso em que é acusado de assediar sua colega, a parlamentar Isa Penna (PSOL). A oitiva foi solicitada pela defesa do parlamentar.

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Em dezembro de 2020, o deputado colocou a mão na lateral dos seios de Penna, episódio que foi transmitido ao vivo pela TV Alesp. Formalmente, ele responde na Assembleia por quebra de decoro, um processo em que a punição mais severa seria cassação do mandato. No entanto, parlamentares articulam uma saída consensual sobre punição que será aplicada: a tendência é determinar a suspensão temporária do mandato.

O Estadão apurou que o deputado Campos Machado (Avante), membro do Conselho de Ética e um dos parlamentares mais influentes na Casa, é quem tem conduzido essa articulação. Pessoas no entorno de Penna admitem que, embora ainda trabalhem pela cassação de Cury, veem esse desfecho como improvável.

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No caso de suspensão de Cury, ainda há uma discordância em relação ao tempo que deverá durar o castigo. Se a punição superar 120 dias, será nomeado o suplente do parlamentar, que pode trocar as nomeações de seu gabinete. Já uma suspensão de duração inferior equivaleria a uma licença. Nas duas hipóteses, ele pode ficar sem receber o salário.

Ao Estadão, o relator do processo, Emídio de Souza (PT), afirmou que não participa das articulações e lembrou que ainda há mais etapas no processo. "Vou ouvir (o Cury) e depois, baseado no que tem, na defesa, elaboro o relatório", explicou. Ainda não há prazo para a entrega do relatório, que terá que ser votado pelo Conselho e, depois, pelo plenário da Assembleia.

Além de Cury, serão ouvidos nesta quarta-feira um perito e oito testemunhas mulheres arroladas pela defesa para, segundo a peça entregue pelos advogados do deputado, fornecer prova "de seu passado sempre respeitoso". Isa Penna também terá o direito de se manifestar na sessão, caso queira.

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Também deverá ser juntada uma segunda representação contra Cury acerca do mesmo episódio formulada pelas deputadas que integram a Procuradoria Especial da Mulher na Alesp. A segunda representação é assinada pelas deputadas Maria Izabel Noronha (PT) - procuradora especial -, Marcia Lia (PT) e Marina Helou (Rede), procuradoras adjuntas. Elas defendem que o parlamentar sofra consequências mais severas.

"A punição é fundamental. Lutar por uma punição exemplar neste caso é lutar contra a violência de gênero e garantir que todas as mulheres possam ser respeitadas em todos os espaços, inclusive na política", argumentou Helou ao Estadão.

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