MAIS LIDAS
VER TODOS

Política

À PF, Miranda diz que avisou Bolsonaro sobre ilegalidades na compra de vacina

O deputado Luis Miranda (DEM-DF) prestou depoimento à Polícia Federal nesta terça-feira, 27, por cerca de quatro horas, no inquérito que apura se houve prevaricação do presidente Jair Bolsonaro por não ter comunicado a órgãos de investigação indícios de c

Da Redação

·
Escrito por Da Redação
Publicado em 27.07.2021, 22:25:00 Editado em 27.07.2021, 22:33:05
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

O deputado Luis Miranda (DEM-DF) prestou depoimento à Polícia Federal nesta terça-feira, 27, por cerca de quatro horas, no inquérito que apura se houve prevaricação do presidente Jair Bolsonaro por não ter comunicado a órgãos de investigação indícios de corrupção nas negociações para compra da vacina indiana Covaxin pelo Ministério da Saúde.

continua após publicidade

O parlamentar foi ouvido na condição de testemunha. Ao deixar a sede da PF, ele disse ter reforçado que irmão dele, o servidor público Luis Ricardo Miranda, foi pressionado a agilizar a importação do imunizante mesmo com inconsistências no processo.

Luis Miranda apresentou as mensagens que trocou com o irmão sobre o caso. Segundo ele, ambos entraram no assunto de forma "orgânica", com naturalidade, e que avaliaram que os indícios deveriam ser comunicados ao presidente, para providências.

continua após publicidade

Em 20 de março os dois se reuniram com Jair Bolsonaro. O encontro, segundo eles, serviu para que as suspeitas fossem apresentadas. Na ocasião, o presidente teria prometido acionar a Polícia Federal.

"Fiz uma recriação do momento com informações importantes, com toda uma 'timeline', com um histórico dos acontecimentos", destacou.

Sem dar detalhes, o deputado disse, ainda, que, na época, Luis Ricardo chegou a relatar as constatações a um delegado da PF. Para Miranda, esse policial poderá ser testemunha dos relatos de pressões atípicas por parte de superiores do ministério.

continua após publicidade

"Tem um delegado da superintendência da PF que tem conhecimento do caso, que orientou o meu irmão. E, nesse momento, meu irmão falou que não queria dar um depoimento oficial tendo em vista da exposição que seria, né?! E exatamente por ter dado o depoimento ele foi exposto", disse.

Os irmãos afirmaram à CPI da Covid que integrantes do ministério da Saúde, incluindo o ex-secretário-executivo, coronel Elcio Franco, militares ligados a ele e o ex-diretor de logística da pasta, Roberto Dias, exerceram a pressão.

O contrato para a aquisição da Covaxin, do laboratório Bharat Biotech, foi intermediado pela Precisa Medicamentos. A empresa é alvo da CPI, que descobriu uma série de movimentações suspeitas por parte dela e por parte do dono, o empresário Francisco Maximiano.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Política

    Deixe seu comentário sobre: "À PF, Miranda diz que avisou Bolsonaro sobre ilegalidades na compra de vacina"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!