Um grupo de funcionários do Frigorífico União, de Apucarana, lotou as dependências da Câmara Municipal durante a sessão ordinária desta seunda-feira à tarde. Eles foram pedir a intervenção política dos vereadores para que a empresa volte a funcionar e garanta seus empregos.
Por determinação do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e do Ministério Público Estadual, o frigorífico está com suas atividades suspensas desde o dia 24 de fevereiro. De acordo com o IAP, o frigorífico estaria causando danos ambientais através de uma lagoa de decantação que estourou e não vem cumprindo normas técnicas e ambientais para solução do problema. A empresa emprega cerca de 200 trabalhadores.
Apesar de lotarem o recinto da Câmara, os trabalhadores não pediram publicamente a intervenção dos vereadores. Eles permaneceram em silêncio durante toda a sessão.
“Nós viemos aqui para marcar presença e chamar a atenção dos vereadores”, disse o funcionário Claudomiro Lopes, popular Sabará. Segundo ele, o que os trabalhadores pedem é que a Câmara intervenha junto ao IAP e à promotoria para que haja um entendimento com a empresa e esta volte a funcionar. “Queremos que eles olhem para nossa situação, não queremos perder o emprego”, disse Sabará.
Durante a sessão, vereadores manifestaram solidariedade aos trabalhadores, frisando porém que a situação deve ser resolvida entre a empresa e os órgãos ambientais. O vereador Deco lembrou que sua mãe trabalhou durante sete anos no frigorífico, quando ainda era o antigo Martini Meat e foi através dali que ala ajudou a sustentar a família. “Se estava funcionando, por que fechou, e se estava fechado por que abriu e agora fechou”, indagou Deco, defendendo uma solução rápida para a situação.
“Nós como vereadores somo bastante limitados em questões privadas, mas é bom haja logo uma solução entre as partes”, declarou o vereador Marcos da Vila Reis (PSD), lamentando que os trabalhadores tenham que recorrer à Câmara como um último grito para tentar salvar seus empregos.
O presidente do Legislativo, Mauro Bertoli (DEM), se manifestou solidário à categoria, lamentando o sofrimento pelo qual esses funcionários estão passando. “Como presidente da Câmara defendo que o Ministério Público reveja a situação e estabeleça um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com a empresa para que esta volte a funcionar”, afirmou. “Estamos vivendo uma crise de desemprego no País e temos que pensar nisso. Que haja um entendimento rápido para que o frigorífico não venha a fechar, mas gerar empregos”, defendeu.
Trabalhadores durante sessão da Câmara
Escrito por Da Redação
Publicado em 03.04.2018, 09:10:00 Editado em 03.04.2018, 09:14:03
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