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Com bancada reduzida, Marina Silva se alia a grupos que lançarão candidatos

JOELMIR TAVARES SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - No momento em que a Rede enfrenta perda de deputados, a ex-senadora Marina Silva intensifica conversas com grupos que apoiarão ou lançarão candidatos ao Congresso e que estão à procura de partidos para abrigá-l

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 14.03.2018, 23:30:00 Editado em 14.03.2018, 23:30:09
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JOELMIR TAVARES

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - No momento em que a Rede enfrenta perda de deputados, a ex-senadora Marina Silva intensifica conversas com grupos que apoiarão ou lançarão candidatos ao Congresso e que estão à procura de partidos para abrigá-los. Se os membros desses movimentos tiverem sucesso eleitoral, eles poderão reforçar a bancada da legenda da pré-candidata na próxima legislatura.

Nesta quarta-feira (14), em São Paulo, ela assinou com o Acredito uma carta-compromisso que abre as portas do partido para a filiação de membros do grupo, que pretende ter pelo menos 48 candidatos a deputado federal e estadual.

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No mês passado, os deputados federais Alessandro Molon (RJ) e Aliel Machado (PR) deixaram a sigla liderada pela presidenciável para se filiar ao PSB. Com a saída, a Rede deixou de ter o número de cinco congressistas que garantiria a presença de Marina em debates eleitorais no rádio e na TV durante a campanha ao Planalto.

"A conversa com parlamentar não é uma questão de atrair por causa de tempo de televisão", afirma a ex-senadora. "A discussão será programática. Nós não vamos filiar pessoas em função da lógica do tempo de televisão."

Entre assessores de Marina, a expectativa é que ao menos dois novos nomes serão incorporados, assegurando a participação dela nos debates. A baixa musculatura partidária é apontada como um dos principais empecilhos para sua campanha.

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Ao mesmo tempo em que sonda parlamentares dispostos a migrar para seu partido, a ex-senadora fecha alianças com movimentos que apregoam renovação política e podem se somar aos eleitos do partido em outubro.Integrantes dos ditos movimentos cívicos que se elegerem poderão ajudar o partido da presidenciável a manter representatividade no Congresso e garantir, por exemplo, o acesso a recursos do fundo partidário e o percentual de tempo de TV.

Pelo acordo com o Acredito, as duas partes "constituirão uma coligação cidadã e programática", com participação conjunta na definição de estratégia eleitoral e de uma agenda comum para as eleições.A sigla, conforme a parceria, se compromete a respeitar a autonomia política e de funcionamento da organização, bem como a identidade do movimento e de seus representantes.

Fundado por jovens brasileiros que estudaram em Harvard, o Acredito defende "visão madura da economia de mercado", prega o combate à desigualdade e critica a polarização.

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Um acordo semelhante foi fechado há alguns dias com o Agora!, grupo pró-oxigenação que ganhou fama depois da entrada de Luciano Huck, hoje um de seus principais divulgadores. O apresentador disse que desistiu de se candidatar neste ano, mas colegas dele no movimento devem lançar seus nomes, principalmente para a Câmara dos Deputados.

O estatuto da Rede prevê as chamadas candidaturas cidadãs, em que uma pessoa se filia à legenda para disputar o pleito, mas não precisa necessariamente participar das atividades partidárias nem se integrar à burocracia partidária. Basta haver um mínimo de convergência nas propostas.

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Ainda neste mês, a Rede fechará compromisso parecido com o Brasil 21, outra organização que discute novos rumos para a política e quer impulsionar candidaturas.Lideranças da Rede também dão como certa a adesão da Frente Favela Brasil (FFB), ao menos no estado de São Paulo. Como a Folha de S. Paulo publicou em janeiro, o partido de Marina se dispôs a abrigar os candidatos da nova sigla, que está em fase de formação e não obteve registro oficial a tempo de disputar o pleito de outubro.

Liderada pelo produtor cultural Celso Athayde, a FFB planeja apresentar mais de 50 candidaturas. O grupo não confirma se fechou parceria para filiar seus integrantes em São Paulo à sigla.

CIRO

No evento desta quarta, Marina Silva evitou responder diretamente sobre a afirmação do pré-candidato Ciro Gomes (PDT) de que tê-la em sua chapa seria "o dream team 2" (o número um seria o petista Fernando Haddad). Ela afirmou que refletiu muito antes de lançar seu nome na disputa e que sua candidatura independe de outras."

Eu tenho respeito pelas demais candidaturas que estão se colocando", disse. "Vamos ter uma eleição bastante pulverizada, com muitas candidaturas. Cada um tem o seu projeto."

Segundo a mais recente pesquisa do Datafolha, Marina alcança 13% das preferências em um cenário sem o nome do ex-presidente Lula (PT).Hoje a Rede é representada no Congresso por dois deputados, Miro Teixeira (RJ) e João Derly (RS), e pelo senador Randolfe Rodrigues (AP). O partido tenta incorporar novos parlamentares durante a janela partidária, que começou no dia 7 de março e vai até 7 de abril.

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