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Dodge afirma que presidente pode extraditar Cesare Battisti

LETÍCIA CASADO BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Em parecer enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta segunda-feira (12), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou que o presidente Michel Temer pode extraditar o ex-ativista italiano Cesare B

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 12.03.2018, 21:25:00 Editado em 12.03.2018, 21:25:08
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LETÍCIA CASADO

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Em parecer enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta segunda-feira (12), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou que o presidente Michel Temer pode extraditar o ex-ativista italiano Cesare Battisti.

Ele foi condenado em seu país à prisão perpétua por quatro assassinatos nos anos 70, quando integrava o partido Proletários Armados para o Comunismo, grupo de extrema-esquerda.

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Battisti fugiu e, em 2004, veio para o Brasil. Foi preso em 2007 e, em 2009, o STF autorizou a extradição, que foi negada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2010, no último dia de seu governo.

No parecer, Dodge rebate os argumentos da defesa, que sustenta ser irrevogável o decreto do ex-presidente. O governo da Itália tenta revogar essa decisão. Para que ele seja extraditado, Temer tem que mudar decisão de Lula.

De acordo com Dodge, a decisão sobre extradição é política, não do Judiciário.

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"A Suprema Corte já reconheceu que, uma vez autorizada judicialmente a extradição, a decisão de entrega de estrangeiro, é decisão política, afeta à soberania da República Federativa do Brasil, cuja autoridade competente para a decisão é, exclusivamente, o presidente da República", escreveu a procuradora-geral no parecer. 

Raquel Dodge afirma também que não há ilegalidade na ação civil pública em curso na Justiça Federal na qual o Ministério Público pretende anular o ato que concedeu visto de permanência a Battisti, e, consequentemente, manter a possibilidade de deportação.

Para a PGR, ao contrário do que alega a defesa, não há informações sobre eventuais providências de iniciativa do presidente da República pela aplicação dos institutos da deportação ou da expulsão do italiano.

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De acordo com os advogados de Battisti, há várias tentativas ilegais de remetê-lo para o exterior.

Em outubro de 2017, Battisti foi detido ao tentar cruzar a fronteira com a Bolívia portando dólares e euros no valor equivalente a pouco mais de R$ 23 mil (1.300 euros e US$ 6.000). Dias depois, o italiano conseguiu um habeas corpus. Ele não pode deixar o país até que sua situação seja resolvida.

Sobre o parecer de Dodge, a defesa afirma que confia nos argumentos apresentados à Justiça.

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