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PSOL oficializa Boulos como pré-candidato à Presidência

GÉSSICA BRANDINO SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) Guilherme Boulos, 35, foi escolhido neste sábado (10) como pré-candidato do PSOL à Presidência da República. Boulos -que se filiou ao partido na segunda (

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 10.03.2018, 17:40:00 Editado em 10.03.2018, 17:40:09
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GÉSSICA BRANDINO

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) Guilherme Boulos, 35, foi escolhido neste sábado (10) como pré-candidato do PSOL à Presidência da República. Boulos -que se filiou ao partido na segunda (5)- obteve 69% dos votos dos 126 representantes da Conferência Nacional Eleitoral da sigla. O pré-candidato afirmou que defenderá uma plataforma de governo que beneficie a maioria da população.

O restante dos votos dos integrantes do partido foi distribuído entre Plínio de Arruda Sampaio Jr. (21%), conhecido como Plininho, Hamilton Assis (6%) e abstenções (4%). Nildo Ouriques e a indígena Sônia Guajajara, que inicialmente se inscreveram para o processo de escolha, se retiraram da disputa. Guajajara foi escolhida vice na chapa de Boulos.

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O processo de escolha de Boulos foi questionado pelos demais candidatos à vaga no PSOL. Tanto Plininho quanto Hamilton defenderam a realização de prévias, mas em conferência em dezembro os representantes do partido optaram pela realização de uma conferência nacional para definir o candidato.

Após a escolha, Plininho manteve as críticas à candidatura de Boulos. Na quinta (7) o economista realizou um ato contra a candidatura de Boulos com o mote "Fora Lula do PSOL". O integrante do partido, filho de Plínio de Arruda Sampaio (1930 - 2014) -presidenciável do PSOL em 2010- falou que o processo foi de cartas marcadas e que a escolha estava sendo enfiada goela abaixo. "A candidatura de Boulos nasce com um déficit de legitimidade", declarou.

Vice de Plínio em 2010, Hamilton afirmou que o processo afetou a democracia interna do partido e que não aprofundou a discussão sobre o programa da campanha, o que espera que Boulos faça em conjunto com a militância da sigla.

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Em conversa com jornalistas, o presidente do partido, Juliano Medeiros, disse que os outros pré-candidatos tiveram espaço durante a conferência para apresentar divergências e que agora o partido se uniria em torno da candidatura de Boulos. "PSOL marcha unido a partir de amanhã em defesa dessa chapa. Essa é a chapa de todo o PSOL", afirmou.

Plininho, porém, reluta em seguir a orientação do partido. "Tenho muita dificuldade de ser Boulos, porque para ser Boulos precisaria que ele tivesse passado pelas instâncias reais do partido. O Boulos é um ser estranho ao partido", declarou, afirmando que continuará "contra o lulismo, com Lula ou com Boulos".

Questionado sobre a declaração de apoio que recebeu do ex-presidente Lula, Boulos voltou a declarar que o partido defende a candidatura do petista por entender que a condenação do ex-presidente foi injusta e sem provas.

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"Achamos que defender o direito de Lula ser candidato e denunciar uma situação em que o Judiciário toma o papel de partido político e condena por casuísmo para tirar alguém do processo eleitoral, isso é uma coisa e tem ampla unidade, que deve ser não só da esquerda, mas de todos que defendem a democracia no país".

PROPOSTAS

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Boulos afirmou que sua plataforma de campanha colocará o dedo na ferida. O pré-candidato diz apostar na participação popular e na construção de alianças com movimentos sociais para chegar ao segundo turno. Reformas tributária e agrária, além de um plebiscito para revogar as medidas aprovadas por Michel Temer (MDB) foram algumas das propostas apresentadas no lançamento da pré-candidatura, marcada por críticas ao presidente do país.

"Sequer a ditadura militar em 21 anos mexeu na CLT. O governo Temer em dois anos praticamente revogou a legislação trabalhista. A emenda 95, que congela investimentos por 20 anos, não tem precedentes em nenhum país do mundo. Nem Margaret Thatcher, Augusto Pinochet, no Chile, Carlos Menem, na Argentina, ou Fujimori no Perú, ninguém ousou algo tão grave e brutal contra um povo, como foi feito com essa emenda constitucional", declarou.  

Boulos, que antes de se filiar ao PSOL defendeu candidato único da esquerda, disse que a fragmentação de candidatos não exclui a união em torno de pautas comuns. Sobre Jair Bolsonaro -presidenciável pelo PSL, Boulos disse não considerá-lo um concorrente e chamou o parlamentar de bandido e mentiroso, afirmando que Bolsonaro propaga o discurso do ódio, com práticas racistas e apologia ao estupro.

Em relação ao financiamento de campanha, Boulos disse o partido buscará o fundo público e lançará ações de captação de recursos pela internet. Além da Presidência, o PSOL espera ampliar a bancada no Congresso Nacional para viabilizar propostas. Boulos diz, porém, que grandes mudanças só serão possíveis com a mobilização social, por isso afirma que fará "o governo dos 99%".

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