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Defesa de Delfim Netto nega irregularidade e diz que ex-ministro prestou serviço de consultoria

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Alvo de buscas nesta sexta-feira (9) na 49ª fase da Operação Lava Jato, o ex-ministro Antonio Delfim Netto negou, por meio de seus advogados, as acusações de ter recebido valores indevidos por empresas envolvidas na construçã

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 09.03.2018, 11:55:00 Editado em 09.03.2018, 11:55:10
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Alvo de buscas nesta sexta-feira (9) na 49ª fase da Operação Lava Jato, o ex-ministro Antonio Delfim Netto negou, por meio de seus advogados, as acusações de ter recebido valores indevidos por empresas envolvidas na construção da usina de Belo Monte, no Pará.

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"O professor Delfim Netto não ocupa cargo público desde 2006 e não cometeu nenhum ato ilícito em qualquer tempo. Os valores que recebeu foram honorários por consultoria prestada", afirmaram os advogados Ricardo Tosto e Jorge Nerm, em nota.

Endereços ligados ao ex-ministro e a seu sobrinho Luiz Appolonio Neto foram alvos das buscas realizadas pela Polícia Federal nesta manhã.

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Segundo as investigações, há indícios de que o consórcio Norte Energia foi favorecido por funcionários do governo federal no leilão de concessão das obras da usina. O caso foi revelado pela Folha de S.Paulo.

Pelo esquema descrito pelos investigadores, a Norte Energia direcionou o contrato de construção da usina a outro consórcio, composto por empresas que deveriam pagar propina de 1% do contrato e aditivos em benefício de partidos políticos e seus representantes.

O ex-ministro é suspeito de receber parte das vantagens indevidas que seriam direcionadas aos partidos PMDB e PT, em razão de sua atuação na estruturação do consórcio. As provas indicariam que o ex-ministro recebeu 10% do percentual pago pelas construtoras a título de vantagens indevidas, enquanto o restante da propina foi dividido entre o MDB e o PT, no patamar de 45% para cada partido.

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De acordo com o Ministério Público, até o momento, já foram rastreados pagamentos em valores superiores a R$ 4 milhões de um total estimado em R$ 15 milhões, pelas empresas Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Odebrecht, OAS e J. Malucelli, todas integrantes do Consórcio Construtor de Belo Monte, em favor de pessoas jurídicas relacionadas a Delfim Netto, por meio de contratos fictícios de consultoria.

No caso da Odebrecht os pagamentos foram registrados no sistema de controle de propinas da empresa, com o codinome “Professor”, e as apurações demonstraram que realmente não foi prestado nenhum serviço pelo ex-ministro às empreiteiras que efetuaram os pagamentos.

OUTROS ALVOS

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Também em nota, o advogado Fernando Araneo, que defende Luiz Appolonio Neto, afirmou que o cliente "refuta veementemente as acusações e esclarece que sua vida profissional sempre foi pautada pela legalidade".

O MDB e O PT se defenderam em comunicados.

"O MDB não recebeu proprina nem recursos desviados no Consórcio Norte Energia. Lamenta que uma pessoa da importância do ex-deputado Delfim Neto esteja indevidamente citado no processo. Assim, como em outras investigações, o MDB acredita que a verdade aparecerá no final", diz o texto da sigla.

O PT afirma que que as acusações não têm fundamento e visam atacar o partido em razão da proximidade das eleições. "As acusações dos procuradores da Lava Jato ao PT, na investigação sobre a usina de Belo Monte, não têm o menor fundamento. Na medida em que se aproximam as eleições, eles tentam criminalizar o partido, usando a palavra de delatores que buscam benefícios penais e financeiros", afirma o texto.

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