RUBENS VALENTE
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O novo diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro, montou sua equipe de mais próximos colaboradores com nomes que tiveram cargos de relevo na gestão do diretor Leandro Daiello, no que é interpretado por policiais federais como um retorno às linhas gerais da gestão anterior. À frente da PF por seis anos, Daiello se notabilizou pela discrição, nenhum comentário público sobre casos em andamento e ênfase no discurso de que a PF é apartidária e fez ações que incomodaram a diversos partidos políticos.
Galloro, que substituiu Fernando Segovia por decisão do novo ministro extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann, com apoio do Palácio do Planalto, já escolheu cinco, das seis diretorias vinculadas ao seu gabinete. Restou apenas a Ditec (Diretoria Técnico-Científica), cujo titular escolhido por Segovia, Amaury Martins, poderá permanecer no cargo.
Os cinco nomes deverão ser anunciados oficialmente por Galloro após a sua posse, prevista para as 10h desta sexta-feira (2). Não se sabe qual será a participação do ministro Jungmann na confirmação desses nomes, se ele vai querer vetar as escolhas.
Em entrevista nesta quarta-feira (28), Jungmann disse que escolheria os nomes de chefes na PF em conjunto com Galloro. A reportagem indagou ao ministro se ele iria endossar os cinco nomes e Jungmann respondeu que o tema ainda não foi tratado entre os dois.
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