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Não foi dispensa, mas ajustamento, diz Temer sobre troca na PF

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente Michel Temer minimizou nesta quarta-feira (28) a crise na Polícia Federal e afirmou que a troca de Fernando Segovia por Rogério Galloro faz parte da autonomia que deu ao ministro Raul Jungmann (Segurança Pública)

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 28.02.2018, 18:50:00 Editado em 28.02.2018, 18:50:11
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente Michel Temer minimizou nesta quarta-feira (28) a crise na Polícia Federal e afirmou que a troca de Fernando Segovia por Rogério Galloro faz parte da autonomia que deu ao ministro Raul Jungmann (Segurança Pública) para montar sua equipe.

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"Não houve uma dispensa, mas um ajustamento", disse Temer em entrevista à rádio Jovem Pan.

"Evidente que o ministro haveria de montar sua equipe, e eu dei autonomia ao Jungmann para que isso fosse feito."

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O presidente afirmou que Segovia será deslocado para um posto em Roma, na Itália, e elogiou o ex-diretor. "Ele fez um trabalho muito correto, adequado."

Temer negou que tenha havido influência política na nomeação tanto do ex quanto do novo chefe da PF.

Durante a entrevista, o emedebista comentou também a decisão da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, de pedir ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin que inclua Temer no rol de investigados de um inquérito para apurar repasses da Odebrecht ao MDB em 2014.

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"Eu digo com a maior tranquilidade que as denúncias são pífias", disse ele, atribuindo as investigações a uma perseguição "patrocinada" pelo ex-procurador-geral Rodrigo Janot e por "alguns setores da iniciativa privada".

Temer afirmou que houve um cruel e mentiroso ataque à sua honorabilidade e que não tolerará mais ter seu nome associado a corrupção. "Gente que me acusou está na cadeia. E quem não está na cadeia está desmoralizado", disse.

O presidente voltou a negar que vá disputar a reeleição. "Eu não sou candidato. Se eu passar à história como alguém que conseguiu fazer boas reformas, equilibrar o Brasil, eu me dou por plenamente satisfeito."

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A eventual candidatura do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, à Presidência é "uma coisa dele", segundo o emedebista.

"Ele que vai fazer a avaliação. [...] Se o Meirelles se decidir, eu acho que nós teremos a possibilidade de escolha de alguém que dê sequência a esse trabalho [do governo na economia]. Não tenho dúvida disso", afirmou.

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Intervenção Respondendo ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que, ao comentar a intervenção federal na segurança no Rio, disse nesta terça-feira (27) que um governo fraco sempre apela para os militares, Temer afirmou que "foi um exagero de linguagem" do tucano.

"Eu tenho impressão de que ele [FHC] se pautou por um critério dele. Pode ser que em um momento o governo dele tenha enfraquecido e ele tenha pensado nas Forças Armadas", disse o atual presidente.

O governo federal, segundo o emedebista, tomou todas as cautelas ao tomar a iniciativa e a adotou porque os "últimos acontecimentos estavam indicando a necessidade" de uma intervenção.

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"O governador [Luiz Fernando] Pezão falou comigo: 'Presidente, eu peço que haja uma intervenção'." De acordo com Temer, a medida será acompanhada de programas sociais.

LULA E DILMA

O presidente defendeu a participação de Lula na eleição deste ano como forma de evitar uma "mitificação" do petista. Para Temer, o ex-presidente "que corre o risco de ficar fora do processo por ter sido condenado em segunda instância no caso do tríplex de Guarujá" precisaria ser derrotado nas urnas.

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"O problema de ele não ser candidato é que ele pode se transformar num mito. E, como uma figura mítica, talvez ele poderia influenciar nas eleições. Se ele pudesse disputar, e fosse derrotado nas urnas, acabou, não haveria essa mitificação do presidente Lula", disse o emedebista.

Temer voltou a se queixar do papel que teve no governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), dizendo que "não era ouvido para absolutamente nada, o vice-presidente não participava de nada".

Ele lembrou a gozação, segundo suas palavras, que sofreu após a famosa carta-desabafo enviada à petista em que se ressentia por ser um "vice decorativo".

"Nunca tive uma interação com a senhora presidente. É uma pessoa educada, nós tínhamos um bom trato pessoal, mas trato institucional não havia."

Em outro momento da entrevista, ele dedicou um elogio a Dilma, dizendo que ela fez um bom trabalho na área social (embora, segundo o presidente, tenha feito um governo lamentável na área econômica).

"Vejo a ex-presidente falando mal de mim. Eu não faço isso. Eu vejo o lado positivo nas pessoas. E no caso dela eu vejo esse lado positivo", afirmou.

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