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Laudo da PF indica destruição de dados em sistemas da Odebrecht

ANA LUIZA ALBUQUERQUE E FLÁVIO FERREIRA CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) - Laudo da Polícia Federal divulgado nesta sexta-feira (23) indicou que houve destruição de dados em sistemas da Odebrecht. Peritos do órgão analisaram os sistemas Drousys e MyWebDay a pedi

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 23.02.2018, 20:15:00 Editado em 23.02.2018, 20:15:09
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ANA LUIZA ALBUQUERQUE E FLÁVIO FERREIRA

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CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) - Laudo da Polícia Federal divulgado nesta sexta-feira (23) indicou que houve destruição de dados em sistemas da Odebrecht. Peritos do órgão analisaram os sistemas Drousys e MyWebDay a pedido do juiz Sergio Moro. 

A destruição dos dados, segundo o laudo, ocorreu em 22 de junho de 2015, três dias após a prisão de Marcelo Odebrecht na 14ª fase da Lava Jato. Os peritos relatam que foi utilizado um comando cuja principal função é sobrescrever arquivos com dados aleatórios, destruindo o conteúdo original. 

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Os peritos definem o Drousys como um sistema destinado ao armazenamento e edição de arquivos, acesso à internet e recursos de comunicação, entre outros. Já o MyWebDay era utilizado pelo setor de propinas da empreiteira no gerenciamento de dados contábeis e financeiros.

O documento foi anexado aos autos do processo em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é acusado de ter favorecido a empreiteira em troca de favores, como a compra de um terreno para o Instituto Lula.

O laudo indicou que o codinome "Beluga" foi utilizado na contabilidade paralela da empresa com a função de controlar gastos relativos ao imóvel objeto da ação penal.

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Entre os beneficiários físicos do codinome está a DAG Construtora, apontada como laranja na compra do terreno para o Instituto Lula. Outro beneficiário é o empresário Glaucos da Costamarques, réu no processo e suposto laranja na compra do apartamento vizinho ao de Lula em São Bernardo do Campo (SP). O escritório de advocacia de Roberto Teixeira, amigo do ex-presidente, também teria recebido repasses. 

Sobre a autenticidade dos arquivos eletrônicos disponibilizados pela Odebrecht ao Ministério Público Federal, o laudo afirma que, dos 1.912.667 arquivos, apenas 842, ou 0,043%, apresentam não conformidades.

Conforme noticiou a Folha de S.Paulo, Marcelo Odebrecht disse em depoimento sigiloso que pediu para seu cunhado e vice-presidente do grupo, Maurício Ferro, dar fim ao departamento de propinas.

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Segundo documento do Departamento de Justiça dos EUA, país com o qual a Odebrecht fechou acordo, chaves de acesso foram apagadas na operação que acabou com o setor. Entre elas, as que permitiam o acesso ao MyWebDay.

A Polícia Federal tem encontrado dificuldades para adentrar o sistema.

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