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Em 1ª operação de 2018, Lava Jato mira desvios em concessão no PR

SÃO PAULO, SP, E CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) - A Polícia Federal deflagrou nesta quinta (22) a 48ª fase da Operação Lava Jato. Batizada de Integração, mirou a apuração de casos de corrupção ligados aos procedimentos de concessão de rodovias federais no Para

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 22.02.2018, 21:00:00 Editado em 22.02.2018, 21:00:10
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SÃO PAULO, SP, E CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) - A Polícia Federal deflagrou nesta quinta (22) a 48ª fase da Operação Lava Jato. Batizada de Integração, mirou a apuração de casos de corrupção ligados aos procedimentos de concessão de rodovias federais no Paraná que fazem parte do chamado anel da integração, que liga cidades do Estado.

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Policiais federais prenderam seis pessoas temporariamente e executaram 55 mandados de busca e apreensão expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba para apurar crimes de corrupção, fraude a licitações e lavagem. A ação foi realizada simultaneamente em SC, RJ, SP e PR.

Entre os presos está Nelson Leal Júnior, diretor-geral do DER (Departamento de Estradas de Rolagem) do Paraná. Segundo as investigações, ele teria se beneficiado de grandes volumes em espécie. Um dos mandados de busca e apreensão foi efetivado na Casa Civil do Estado e teve como alvo Carlos Nasser, assessor do órgão.

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Segundo a PF, as investigações detectaram suspeita do uso das estruturas de lavagem de dinheiro reveladas na Lava Jato para operacionalizar os recursos ilícitos pagos a agentes públicos, principalmente por meio dos operadores financeiros Adir Assad e Rodrigo Tacla Duran, ambos já investigados pela operação.

Tacla Duran, segundo o Ministério Público, teria utilizado seu escritório de advocacia para firmar contratos fictícios e produzir dinheiro em espécie. As investigações da PF também apontam que uma das concessionárias teria se utilizado dos serviços de Adir Assad e Duran para operacionalizar, ocultar e dissimular valores oriundos de corrupção.

Entre os serviços prestados por estes operadores, de acordo com a PF, está a viabilização do pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e DER/PR.

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Em entrevista, o procurador Diogo Mattos exemplificou uma das situações em que as empresas teriam sido indevidamente beneficiadas.

Segundo ele, uma auditoria do Tribunal de Contas da União identificou em 2012 desequilíbrios nos contratos e determinou que o problema fosse resolvido em um ano. Então, o DER contratou uma fundação para realizar um estudo, que indicou a necessidade de reduzir a tarifa do pedágio em cerca de 19%.

Mattos afirmou que o DER desconsiderou o estudo, que teria custado R$ 3 milhões, e elaborou internamente um novo, que concluiu que a tarifa deveria crescer 24%.

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O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima destacou que cada usuário das rodovias do Paraná foi impactado pelo esquema. "Privatizações não necessariamente levam ao fim da corrupção."

OUTRO LADO

Em nota, o governo do Paraná afirmou que o governador Beto Richa (PSDB) determinou investigação interna sobre as suspeitas levantadas na Lava Jato, que será de responsabilidade da Controladoria-Geral do Estado. Disse ainda que Carlos Nasser ocupava um cargo de terceiro escalão, "sem qualquer vínculo com o gabinete do governador". O governo também informou que Leal foi afastado de suas funções.

O Dnit disse que eventuais servidores citados não estão mais no departamento. Duran diz que congressistas apresentaram à PGR acusações que ele fez contra a força-tarefa da Lava Jato, o que torna os procuradores e Moro "impedidos de conduzir" processos contra ele. A defesa de Assad disse que ele continuará colaborando com as autoridades.

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