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MP acusa Picciani de lavar dinheiro com venda subfaturada de gado

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Ministério Público ajuizou ação civil pública contra duas empresas do presidente afastado da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) Jorge Picciani, por lavagem de dinheiro com a venda subfaturada de gado. A Promoto

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 22.02.2018, 19:25:00 Editado em 22.02.2018, 19:25:09
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Ministério Público ajuizou ação civil pública contra duas empresas do presidente afastado da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) Jorge Picciani, por lavagem de dinheiro com a venda subfaturada de gado. A Promotoria acusa as empresas Agrobilara e Agrocopa por atos contra a administração pública e improbidade administrativa. As informações são da Agência Brasil.

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Investigação do Gaecc (Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção) descobriu duas operações fraudulentas entre o ex-presidente do TCE (Tribunal de Contas do Estado) Jonas Lopes de Carvalho, réu colaborador, e as empresas de Picciani. Segundo os promotores, o objetivo de Jonas Lopes era esconder aumento de patrimônio, fruto de dinheiro obtido com propinas, por meio da compra de gado das duas empresas.

A maior parte do dinheiro da transação era paga por fora, mascarando o real valor do negócio. Em duas operações, o ex-presidente do TCE pagou por fora a soma de R$ 760 mil a Picciani, pois não teria como comprovar a posse do valor total legalmente.

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A Promotoria requer à Justiça o afastamento dos réus de funções públicas e a indisponibilidade de R$ 10 milhões em bens. Os pedidos individualizados buscam bloquear R$ 2,1 milhões da Agrobilara e R$ 1,2 milhão da Agrocopa. Também foram requeridos os bloqueios de R$ 4 milhões de Jorge Picciani, R$ 2,28 milhões de seu filho e administrador das empresas, Felipe Picciani, e de seu sócio, André Monteiro, R$ 780 mil.

As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (22), pelo procurador-geral de Justiça, Eduardo Gussem, e os promotores Patrícia Villela e Sílvio Ferreira de Carvalho Neto. Segundo o MP, Jonas Lopes disse que, em setembro de 2014, adquiriu R$ 600 mil em cabeças de gado da empresa Agrobilara, mas a nota fiscal foi emitida com o valor de apenas R$ 100 mil. Os outros R$ 500 mil foram pagos por fora, em dinheiro, entregues na sede do TCE e na sua residência. Ainda de acordo com o depoimento, entre agosto e dezembro de 2015, foi feita negociação semelhante com a Agrocopa. Ele comprou 70 cabeças de gado por R$ 450 mil, mas a nota fiscal foi emitida em R$ 187,9 mil.

O MP requer ainda a condenação das empresas às sanções previstas na Lei Anticorrupção, que prevê a dissolução compulsória das empresas e multa de até 20% do faturamento bruto do último exercício anterior ao da instauração do processo administrativo.

A defesa de Picciani foi procurada, mas até as 18h não havia se manifestado.

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