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Temer vai decretar emergência social em Roraima

GUSTAVO URIBE BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Na tentativa de criar uma marca na área da segurança pública, o presidente Michel Temer envolveu-se pessoalmente na crise dos refugiados venezuelanos e decretará situação de emergência social em Roraima. Na sexta-

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 14.02.2018, 21:15:00 Editado em 14.02.2018, 21:15:08
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GUSTAVO URIBE

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Na tentativa de criar uma marca na área da segurança pública, o presidente Michel Temer envolveu-se pessoalmente na crise dos refugiados venezuelanos e decretará situação de emergência social em Roraima.

Na sexta-feira (16), será publicada uma medida provisória que criará o instrumento legal, permitindo o repasse imediato de recursos federais e a atuação das Forças Armadas na coordenação das ações humanitárias.

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O Palácio do Planalto ainda não definiu o montante que será destinado à crise, mas deve atender a demanda do governo estadual, que solicitou um aporte total de R$ 15 milhões.

Na semana passada, o presidente enviou uma comitiva de ministros a Boa Vista para avaliar a situação dos cerca de 40 mil venezuelanos que cruzaram a fronteira.

Na segunda-feira (12), Temer foi pessoalmente a Roraima, mas não visitou abrigos e a praça onde acampam os refugiados.

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Com uma rejeição de 70%, o emedebista tem apostado na segurança pública como uma maneira de melhorar a imagem do governo, uma vez que o tema é hoje apontado como uma das maiores preocupações dos brasileiros.

Ele pretende criar em março o Ministério da Segurança Pública e aprovar neste ano medidas no Congresso Nacional como o aumento de penas de crimes de alta periculosidade e o monitoramento de conversas de chefes de facção em presídios federais.

Nesta quarta-feira (14), o presidente se reuniu com a equipe ministerial para definir detalhes da operação na zona de fronteira. O governo duplicará de 100 para 200 o efetivo militar e enviará à região um hospital de campanha, com capacidade para cirurgias e consultas.

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"Será instituída a emergência social e as Forças Armadas passarão a coordenar toda a ação e o efetivo militar para apoio às questões humanitárias", disse o ministro da Defesa, Raul Jungmann.

Ele anunciou que serão criados novos postos de controle na fronteira com Roraima para intensificar o trabalho de triagem de imigrantes. E que serão enviados um helicóptero e motocicletas para ajudar nas operações.

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"Você tem uma parte que vem pela entrada regular, mas há também os que entram por fora, que fogem ao controle", disse.

Segundo o ministro da Justiça, Torquato Jardim, que participou da reunião, será pedida a antecipação de audiência pública, marcada para março, para iniciar as obras da linha de transmissão de energia entre Roraima e Manaus. A obra foi embargada pela Justiça Federal em 2017. Hoje, a maior parte da energia elétrica usada em Roraima vem da Venezuela.

De acordo com Torquato, a medida provisória ajudará também o censo dos refugiados. Para desafogar Roraima, o presidente quer distribui-los em outras unidades federativas. "É uma seleção para saber quem está chegando e que tipo de ajuda cada um precisa", afirmou.

A entrada de refugiados saturou a rede de saúde pública, aumentou o desemprego e elevou os índices de violência em Boa Vista.

Os imigrantes que não possuem ensino superior têm pedido esmola, vendido doces ou lavado para-brisas nos semáforos da cidade.

Na Avenida Venezuela, uma das mais movimentadas da capital estadual, estrangeiros carregam placas se oferecendo para serviços de pedreiro e de pintura. Com a situação de rua, moradores da cidade têm oferecido suas casas para os refugiados.

"Eu morei oito anos na Venezuela. É uma catástrofe o que estão fazendo por lá", disse o taxista Percinaldo Garcia, que abrigou uma família em sua casa.

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