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Inquérito sobre Jucá prescreve e é arquivado

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ministro Marco Aurélio, do STF (Supremo Tribunal Federal), arquivou um dos inquéritos abertos pela corte para investigar o senador Romero Jucá (MDB-RR). A investigação, iniciada após denúncia de 2002, estava no Supremo desde

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 05.02.2018, 21:15:00 Editado em 05.02.2018, 21:15:08
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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ministro Marco Aurélio, do STF (Supremo Tribunal Federal), arquivou um dos inquéritos abertos pela corte para investigar o senador Romero Jucá (MDB-RR). A investigação, iniciada após denúncia de 2002, estava no Supremo desde setembro de 2003.

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Jucá era investigado nesse inquérito por supostos desvios de recursos federais destinados ao município de Cantá (RR). Os desvios teriam ocorrido em 1999, 2000 e 2001.

A decisão de arquivar, da última quarta-feira (31), atendeu a um pedido da procuradora-geral, Raquel Dodge, que apontou que o suposto crime de corrupção passiva prescreveu no ano passado, além de não terem sido encontradas provas contra o senador.

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Segundo a decisão de Marco Aurélio, observado o Código de Processo Penal, delitos cuja pena máxima é de 12 anos prescrevem em 16 anos, o que "seguramente veio a incidir transcorridos mais de 17 anos".

"O titular da ação penal [o Ministério Público Federal] preconiza o arquivamento do inquérito, apontando ausentes indícios de que o senador da República Romero Jucá Filho haja concorrido para o cometimento de crime", escreveu o ministro na decisão.

A investigação foi aberta após denúncia da Central dos Assentados de Roraima levada ao Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). Foi entregue uma fita cassete com gravação ambiental na qual o então prefeito de Cantá dizia receber comissões de 10% do valor de toda obra realizada na cidade e aludia a Jucá.

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OUTRO LADO

O advogado de Jucá, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse que esse foi um "caso típico de abuso da investigação" e ressaltou que o arquivamento não se deu apenas por prescrição, mas também por falta de provas.

"Quebraram o sigilo bancário dele, não apareceu nada. O Estado tem o direito de investigar qualquer pessoa, mas tem que ter responsabilidade e tem que ter limite, não pode ser indefinidamente", disse.

Segundo Kakay, a gravação que originou a apuração não citava nominalmente o senador. O inquérito foi desmembrado em 2013 e a parte relativa ao prefeito já havia sido arquivada. Para o advogado, a investigação gerou "uma movimentação caríssima da máquina estatal" sem resultados. "Esse arquivamento deveria ter se dado 10 ou 12 anos atrás", disse.

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