SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Odebrecht disse em nota que não houve destruição de nenhuma prova no acordo de colaboração da empresa. Segundo a empresa, "o princípio da colaboração ampla, detalhada e contínua da Odebrecht com as autoridades é de apresentação de todas as provas disponíveis, não de omissão e muito menos de destruição de qualquer uma delas".
Para a empresa, o fim das atividades do Setor de Operações Estruturadas "nada tem a ver com destruição de provas, mas com a cessação de suas atividades" e com a preservação de provas. Esse processo, diz a empresa, foi relatado à força-tarefa da Operação Lava Jato.
"O robusto, volumoso e detalhado material probatório, consubstanciado em e-mails, documentos, contratos, hard disks e arquivos eletrônicos, entregue às autoridades brasileiras e estrangeiras e já periciado pela Policia Federal comprova a qualidade e eficácia da colaboração da empresa".
Segundo a Odebrecht, o departamento de operações estruturadas dispunha de dois sistemas digitais (Drousys e MyWebDay) e ambos foram entregues às autoridades. No caso do MyWebDay, a companhia colocou à disposição mais de 30 mil arquivos. Arquivos localizados em investigações internas, que não faziam parte do acordo, também foram entregues.
As eventuais lacunas, de acordo com a nota, devem-se a fatos que a companhia não tem controle: "A Odebrecht esclareceu ao Juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba que não dispõe de credenciais de acesso a dados cifrados do sistema MyWebDay, que se encontra atualmente apreendido, custodiado e gerenciado pelas autoridades suíças".
A nota diz ainda que "a empresa está realizando todos os esforços com o objetivo de colaborar e auxiliar as autoridades nas investigações".
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